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Lula e Fox cumprem promessas aos latino-americanos no G8
Por Da AFP
01/06/2003 | 19:45
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega mexicano, Vicente Fox, cumpriram neste domingo suas promessas de defender as exigências da América Latina na cúpula do G-8 de Evián, na França, ao pedir a abertura dos mercados dos países ricos.

Na semana passada, durante a reunião de cúpula do Grupo do Rio, em Cusco (Peru), Lula e Fox se comprometeram a transmitir a mensagem da América Latina aos países mais poderosos do mundo. "Defenderemos com firmeza e convicção melhores direitos para nossas exportações, para uma competição mais justa", declarou o presidente brasileiro no encerramento da reunião de Cusco.

Lula, um dos maiores protagonistas do primeiro dia do G8, manteve sua palavra. Em seu discurso em uma reunião do G8 ampliada a 11 países emergentes, com a qual a cúpula foi inaugurada, pediu diretamente aos países mais ricos que favoreçam a incorporação ao mercado dos países em vias de desenvolvimento, "sem discriminações".

"A incorporação dos países em vias de desenvolvimento à economia global passa necessariamente pelo acesso sem discriminações aos mercados dos países ricos", assegurou Lula, o mais aplaudido pelos moradores de Evian na sua chegada de barco ao balneário, às margens do Lago Leman.

"Mas como competir livremente em meio à guerra de subsídios e outros mecanismos de proteção que criam uma verdadeira exclusão comercial?", perguntou. A questão foi seguida por um pedido de "coerência aos nossos sócios mais ricos".

Lula disse ver "com preocupação as resistências" na Organização Mundial do Comércio (OMC) "para eliminar os subsídios milionários para a liberalização do comércio internacional dentro dessa organização. "Essas atitudes não são construtivas e somente aumentam o ceticismo em relação às boas intenções e a sabedoria dos mais prósperos", afirmou.

Fox também falou do problema da abertura dos mercados dos países ricos, ao apresentar ao G8 uma "aliança para a prosperidade internacional". Nesse documento, Fox pede aos países ricos que garantam uma abertura de seus mercados, que reduzam e eliminem os subsídios e que resolvam o problema da dívida.

O presidente mexicano também afirmou que os países emergentes, como o México, têm que ser "catalizadores" do desenvolvimento, e intermediar entre ricos e pobres.

O primeiro dia da cúpula do G8, que acontece até terça-feira, também foi marcada pelo primeiro aperto de mão entre o presidente francês, Jacques Chirac, e seu colega americano, George W. Bush.

Em coletiva à imprensa, Chirac também elogiou Lula e apoiou firmemente sua proposta de um Fundo Mundial contra a Fome, financiado com uma taxa sobre as vendas de armas.

"Acho que uma taxa sobre a venda de armas é justificada", disse Chirac, que se declarou "totalmente a favor de examinar uma taxa desse tipo", apesar de a França ser o terceiro país do mundo na venda de armas, depois dos Estados Unidos e Rússia.




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