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Diretor do Hospital Central depõe sobre pacote estético
Por Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
20/06/2006 | 08:25
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O diretor do Hospital e Maternidade Central, Antônio Mônaco, depõe hoje, na Seccional de São Bernardo, no inquérito que investiga o Pacote Estético em São Caetano. O depoimento de Mônaco é considerado vital porque no hospital foram as realizadas as cerca de 20 cirurgias plásticas de caráter estético em 2001, 2003 e 2004, pagas com recursos públicos e denunciadas com exclusividade pelo Diário no dia 3 de março. “Vamos confirmar os fatos e colher mais elementos dessa denúncia. É um depoimento muito importante”, diz o delegado seccional Marco Antônio de Paula Santos, que preside o inquérito.

Segunda-feira, foram ouvidos funcionários da unidade hospitalar. Todas as mulheres beneficiadas também já foram interrogadas pelo delegado e, na ocasião, chegaram a prestar informações contraditórias sobre as cirurgias. O inquérito foi aberto após determinação do TJ (Tribunal de Justiça), atendendo solicitação do coordenador do setor de crimes de prefeitos do MP (Ministério Público), Luiz Roque Lombardo Barbosa.

O delegado deverá solicitar ao diretor do Hospital Central documentos que comprovem as denúncias. “Amanhã (hoje) é dia dele apresentar a documentação. Todas as cirurgias foram realizadas lá (no hospital). Alguém vai ter de trazer detalhes disso, não adianta trazer de boca”, avisa.

Sem muitas explicações, o seccional diz que surgiram novos fatos que resultaram na ampliação das investigações. “Teve um desdobramento diferente, relacionado ao hospital. No primeiro momento havia uma visão dos fatos, que foi mudando. Se havia determinada segurança em acusar fulano ou beltrano, com novos fatos já não se tem tanta certeza e se foram outras pessoas”, disse o delegado, mas sem revelar maiores detalhes da investigação.

O prefeito José Auricchio Júnior (PTB), que entre 2001 e março de 2004 era secretário de Saúde e deixou o cargo para se candidatar à Prefeitura, deverá ser o próximo ouvidona delegaica. “A seqüência natural seria ouvi-lo, mas no depoimento de Mônaco podem surgir outros fatos e pessoas que precisam ser ouvidas antes do prefeito. Caso contrário, ele será o próximo”, diz o delegado. Ainda não há data marcada para o depoimento. Como possui foro privilegiado, Auricchio pode escolher o local e a data de seu interrogatório.



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