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A pequena Mauá de 1910, cujo único restaurante foi fechado...

Mauá, então Pilar, estava na rabeira da economia do Grande ABC de um século atrás

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
22/09/2010 | 00:00
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Mauá, então Pilar, estava na rabeira da economia do Grande ABC de um século atrás. Ganhava apenas de Campo Grande, mas não estava tão distante de São Caetano. O total de firmas de Mauá em 1910 chegava a 28.

Um dos destaques eram os Irmãos Dell'Antonia, com vários negócios. Eles tinham armazém de secos & molhados, louças & ferragens, açougue & leite. E aparecem com mais três firmas: engenho de serra, fabricante de carvão com duas turmas e remetente de lenha.

Outro grande capitalista de Mauá em 1910 era Bernardo Morelli, com três empresas: serraria a vapor, armazém de louças, ferragens e secos & molhados, e olaria a vapor.

Um ramo que florescia era o das pedreiras, com dois investidores: Francisco Fortes & Cia, e Raphael Pellegrini (com pedreira e duas vagonetas, e um armazém particular)

Norza & Rozzaza mantinha um moinho de trigo; e Viúva Grande & Filha uma olaria.
Remetentes de lenha eram vários: Antonio Queirós dos Santos, Antonio Cardoso, José Cardoso, Pedro Branco, Domingos Bernardi, Sebastião Pedroso e Paulo Chiari.

Entre os fabricantes de carvão, Giovanni Guelucci, Borelli Antonio, Gavazi Giuseppe e Dante Guelucci.

No setor de serviços, Pedro Testa era o sapateiro, Nicola Domingos o barbeiro, Victorio Mariani o ferreiro e dono do único restaurante. Mas o restaurante não estava indo muito bem. Tanto que o antepassado dos Mariani que ainda hoje vivem em Mauá requeria, em 3 de janeiro de 1911, a baixa do seu negócio de servir refeições no pequeno povoado.

Um ramo que se destacaria nos anos seguintes ainda não havia se estabelecido: o cerâmico. Mas seria a própria Viúva Grande uma das primeiras a entrar para o negócio.

FAMÍLIA BENYHE
Na história industrial de Mauá, a presença da família Benyhe, de origem húngara. O patriarca Atílio chega ao Brasil em 1912. Traz a criação de abelhas européias - apis melífera - que é desenvolvida até hoje. Mas, na década de 1920, já em Mauá, os Benyhe ingressam no ramo oleiro, fazendo história.

HOJE
Dia da Campanha Mundial de Redução de Carros nas Ruas, Dia da Fauna, Dia do Rio Tietê, Dia da Juventude, Dia do Técnico Agropecuário, Dia dos Amantes e Dia da Banana.

Homenagem
Vice-prefeita de Santo André, Dinah Zekcer, recebe hoje, às 19h, o título de Cidadã Andreense, por iniciativa do vereador Gilberto Wachtler (Primavera). Mineira de Juiz de Fora, a advogada e educadora Dinah Zekcer reside em Santo André desde 1961. É casada com o vereador Israel Zekcer.

Emerano, Emerita, Focas, Iraides, Mauricio e companheiros e Santino, Tomas de Villanueva, Virginia e Eugenio Lyra.

Na estampa, São Tomas de Villanueva (Espanha 1488-1555). Pregador, escritor e religioso. Muitos de seus sermões se tornaram trabalhos importantes da escrita sacra.
Acervo: Vangelista Bazani (Gili) e João de Deus Martinez.

Crônica de São Bernardo
Texto: Benjamin Versolato
Entre as décadas de 1930 e 1940, São Bernardo revela um grupo de músicos e seresteiros que faria sucesso pelas décadas seguintes, pelo menos até os anos 1990: Liberato Bardeli e seu bandolim, Pinto Bardeli (violino e acordeão), Dito Pedroso (violão), Joaquim da perna seca (flauta). Formavam um conjunto de respeito, numa época do rádio que engatinhava e sem TV. As apresentações eram ao vivo, com muito mais sabor e autenticidade.

Sarau
Hoje tem sarau literário na Casa do Advogado, sede da OAB de Santo André. José Bueno Lima autografará o livro "Um passado sempre presente". Sarau começa às 19h.

Música
Às 20h de hoje, Gilberto Gaspar e Patrícia Rocco farão uma apresentação especial de poesia e música na nova pinacoteca de São Bernardo (Rua Kara, 105, Cidade da Criança). Entrada franca.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Domingo, 21 de setembro de 1980

Trabalho - servidores públicos municipais, estaduais e federais do Grande ABC engrossam ação às portas do Palácio dos Bandeirantes, reivindicando aumento semestral de salário, conforme despacho do jornalista Levino Ponciano, que inicia seu trabalho no DIÁRIO.

Crônica 1 (Roterdan Cravo, pseudônimo de Fausto Polesi) - O jeito é pensar na eleição de Carter ou Reagan.

Crônica 2 (Guido Fidelis) - A importância e o valor das radiografias na vida dos médicos e dos doentes.

Trabalhadores
Nascem em 22 de setembro:
1897 - Pio Cavinato, italiano, porteiro da Alca. Residia à Rua Andrade Neves, 873.
1901 - Manoel Morais, de Campinas. Servente da Rhodia. Residia à Rua Catequese, 767.
1911 - Antonio Pereira, de Descalvado (SP). Turbineiro da Rhodia. Residia à Rua Antonio Bastos, 511.
Fonte: 1º livro geral de registro dos associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

EM 22 DE SETEMBRO DE...

1790 - Câmara Municipal de São Paulo envia carta ao governador da Província - Bernardo José de Lorena - solicitando a restauração de uma das vertentes principais do Caminho do Mar, cortando a Borda do Campo.

1925 - São Bernardo ganha um novo estabelecimento comercial, a Casa Bechelli.

Falecimento

MARIA MADALENA DA SILVA
(Muriaé, MG, 16-1-1925 - Santo André 28-8-2010)

Dona Maria Madalena casou-se em Minas Gerais com Antonio Lino da Silva e lá tiveram os três primeiros filhos: Geraldo, Enedina e Maria; por volta de 1958, a família muda-se para Presidente Prudente, no interior de São Paulo, e ali nascem mais sete filhos: Olmira, Antonio, Nilzo, Valdomiro, Valdenir, Fátima e Valdeci. E em 1978, já com duas filhas residindo em Santo André, a família aqui se reencontra.

"Ela era bem calma. Uma mulher caseira. Enquanto a saúde ajudou, ia regularmente à missa, na igreja Nossa Senhora das Graças, em Vila Humaitá", relata a filha Olmira da Silva Faroni.

Com os 10 filhos, dona Maria Madalena sempre trabalhou em casa, enquanto o marido dedicava-se ao trabalho no campo. Tanto que o Sr. Antonio aposentou-se pelo Funrural. Vivendo há mais de 30 anos em Santo André, dona Maria Madalena gostava da cidade, mas sempre que podia seguia para o sítio familiar, em Ouro Fino, Ribeirão Pires.

Dona Maria Madalena partiu aos 85 anos. Está sepultada no Cemitério da Saudade, na Vila Assunção. Deixa o marido Antonio, que amanhã completará 87 anos. Tinha 28 netos.

SANTO ANDRÉ
Maria Aparecida Leonessa de Miranda, 72. Natural de Santo André. Dia 16. Cemitério de Vila Pires.
Salma de Moraes Bernardes, 68. Natural de Campestre (MG). Dia 16. Cemitério da Saudade, em Vila Assunção.

SÃO BERNARDO
Sebastião Mario da Silva, 75. Natural de Iacanga (SP). Dia 19. Cemitério dos Casa.
Maria José Queiroz Rodrigues, 71. Natural de Contendas do Sincorá (BA). Dia 19. Cemitério da Paulicéia.
Elza Muniz da Silva, 67. Natural de Jundiaí (SP). Dia 16. Cemitério de Jundiaí.
Rita Soares Carniel, 66. Natural de Montes Claros (MG). Dia 19. Cemitério da Paulicéia.
Orlando de Souza, 66. Natural de Caconde (SP). Dia 19. Cemitério de São José do Rio Pardo (SP).
Florisvaldo Pereira Marques, 65. Natural de Lupércio (SP). Dia 18. Cemitério dos Casa.
Hermes Coelho do Nascimento, 61. Natural de Minas Gerais. Dia 19. Cemitério de São João do Miriti (RJ).

DIADEMA
José Francisco Neto, 57. Natural de Jutaí (PE). Dia 18. Cemitério Municipal de Diadema.




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