Os trabalhadores da Volkswagen de Taubaté, no Vale do Paraíba, irão se unir com os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos para entregar nesta sexta-feira uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual reivindicam ajuda do governo para conter 1.641 demissões previstas nos planos de reestruturação das duas montadoras na região.

Lula faz visita nesta sexta-feira à Refinaria Henrique Lage, em São José dos Campos, para anunciar investimentos de US$ 11,8 bilhões em obras de modernização da refinaria e na instalação da Unidade de Tratamento de Gás Natural, em Caraguatatuba, Litoral Norte.

Os metalúrgicos organizam um ato público contra as demissões anunciadas pelas multinacionais no mês passado. “Queremos entregar um documento pedindo a atenção para este problema, para que haja uma solução que reverta este quadro de demissões”, disse o presidente do sindicato dos metalúrgicos de Taubaté (filiado à CUT), Valmir Marques.

Seis ônibus com funcionários da Volks vão engrossar o movimento organizado pela entidade de São José dos Campos. O protesto deve começar na via Dutra e seguir até a Refinaria Henrique Lage, onde foi montado um forte esquema de segurança para que os manifestantes não tenham acesso à cerimônia.

Segundo o presidente do sindicato de São José dos Campos (filiado à Conlutas), Luiz Carlos Prates, o Mancha, o governo deve se responsabilizar de alguma forma pela eliminação de postos de trabalho nas duas empresas. Em Taubaté, a unidade da Volks deverá cortar 681 empregados até 2008. Na GM de São José dos Campos serão outros 960.

“Acho que o governo deve preparar projeto de lei que dê a esses trabalhadores garantia de emprego”, propôs. O sindicato estima que a cada empregado demitido na planta, cinco são afetados na cadeia produtiva.

General Motors – As vendas da GM nos Estados Unidos caíram 12,2% em maio, sem ajuste sazonal. No mês passado, a montadora vendeu 345.157 unidades, contra 393.197 vendidas em igual período de 2005.