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Obra em hospital causa transtornos para pacientes no Jd. Silvina
Por Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
13/03/2008 | 07:05
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Funcionários e pacientes do Pronto-Socorro do Jardim Silvina, em São Bernardo, reclamaram ontem dos transtornos causados pela obra feita no local, que abrirá também um Centro Regional de Especialidades. A entrega oficial será feita hoje, às 17h, pelo prefeito William Dib.

Poeira, cheiro de tinta forte, barulho excessivo e operários se misturando no meio de todos foram as principais queixas recebidas pelo Diário por meio do Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais de São Bernardo) e alguns pacientes.

A reportagem esteve no local às 15h e constatou a procedência das reclamações na parte térrea do prédio, na ala ambulatorial. Nesse horário não havia cheiro de tinta.

Aproximadamente 30 pessoas que aguardavam atendimento ficaram expostas a poeira, vaivém de operários, funcionários arrumando fiação e um barulho forte de um trator que operava na Rua Marquês de Barbacena.

“Isso é um absurdo. As pessoas não podem ficar no meio da obra. O serviço precisa ser feito setor por setor, com isolamento. Fui pegar um remédio no área da farmácia e não aguentei a poeira”, afirmou o aposentado Raimundo Adriano da Silva, 76 anos, morador da Vila São José.

A opinião foi compartilhada pelo pintor Adenil Antônio, 44 anos, que reside no Jardim Silvina e foi até a unidade de saúde para cuidar da pressão alta.

“Colocaram a gente no meio da construção, nunca vi isso em um hospital. Tive de sair de lá de dentro porque não suportava o cheiro da poeira”, queixou-se o pintor.

“A Prefeitura faz a obra a toque de caixa para a entrega oficial e quem paga o pato são os funcionários e a população. Cobramos providências da Secretaria de Saúde”, disse a diretora do Sindserv, Cláudia Bezerra.

De acordo com o diretor-técnico da Inbravisa (Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância Sanitária), Rui de Andrade Dammenhain, a situação encontrada na unidade não poderia ocorrer.

“Uma obra do tipo precisa ser feita etapa por etapa, pois há risco de contaminação e infecção. Os remédios e vacinas, por exemplo, não podem ficar expostos”, afirmou Dammenhain. Segundo o diretor do instituto, é preciso ter um plano de reforma aprovado pela Vigilância Sanitária. A Prefeitura informou que possui esse requisito.




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