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Imigrantes pode travar em cinco anos
Por Isis Mastromano Correia
Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
13/03/2008 | 07:00
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Em cinco anos, o tráfego carregado na Via Anchieta será realidade também na Rodovia dos Imigrantes. “A Imigrantes, daqui há cinco anos, estará com outra fisionomia se não houver investimento em transporte de massa”, defende o ex-secretário estadual de Transportes Metropolitanos Jurandir Fernandes.

Atualmente à frente da presidência da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano), vinculada à Secretaria Esatadual de Planejamento, Fernandes estima que os motoristas, dentro desse prazo, elegerão a Imigrantes como rota alternativa ao tráfego lento da Anchieta, travando assim as duas estradas.

O uso quase exclusivo da Imigrantes para veículos que descem a serra rumo à Baixada Santista é um dos fatores que contribuem para carregar a Anchieta em horários de pico, hoje.

O aumento da frota e a ausência de políticas direcionadas ao transporte público também farão com que a diferença atual de fluxo entre as duas rodovias diminua. Hoje, a Anchieta recebe 350 mil carros diariamente contra 100 mil da Imigrantes.

Fernandes diz que a expansão do fluxo de veículos para a Imigrantes só não ocorreu ainda pelo fato de a rodovia ser nova. A Anchieta é 29 anos mais antiga do que a Imigrantes; a segunda pista da via, chamada de Nova Imigrantes, tem apenas cinco anos.

A chegada do trecho Sul do Rodoanel é outro pesadelo quando o assunto são os congestionamentos na Imigrantes.

Em 2005, o presidente da Ecovias, Marcelino Rafart de Seras, declarou que a única forma de evitar o problema seria a construção de uma nova estrada na ligação planalto-Litoral, que ainda não saiu do papel, paralelamente à chegada do anel viário.

Por enquanto, a Imigrantes mantém sua vocação de rodovia ao contrário da Anchieta, que perde essa característica com a velocidade de tráfego reduzida de 110 Km/h para 90 Km/h. Na Imigrantes, a velocidade limite é de 120 km/h.

“O problema da Anchieta é que ela virou uma avenida por causa da urbanização dos bairros no entorno, e sobretudo, por conta da presença de comércios, indústrias e estabelecimentos”, avalia o professor de Engenharia de Transportes da USP, Jaime Waismann.

A Ecovias, administradora do Sistema Anchieta-Imigrantres, não confirma a previsão de expansão e transferência do fluxo entre as duas rodovias e não destacou nenhum responsável para comentar a expectativa anunciada.




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