Esportes Titulo Em clima de despedida
CAD se reaproxima de transferência para Ribeirão Pires

Clube e município confirmam interesse, mas negam que situação esteja oficializada; meta é desfecho positivo para temporada 2020

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
10/06/2019 | 07:20
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André Henriques/DGABC


O CAD (Clube Atlético Diadema) está de malas prontas e muito em breve deve deixar a cidade que leva no nome. Porém, o Imperador não iria muito longe. Isso porque o flerte entre o time e Ribeirão Pires já poderia ser considerado como um namoro, prestes a se tornar noivado, com casamento previsto para 2020. Tanto dirigentes da equipe quanto políticos ribeirão-pirenses negam que haja algo concreto, mas confirmam interesse em final feliz.

Sem gozar de apoio e presitígio em Diadema, o CAD busca há algum tempo novo local para poder seguir na ativa. Desde 2018 e até janeiro do ano que vem, mantém parceria com o São Bernardo FC na base, mas o clube quer mais do que isso. Tal situação foi de encontro ao desejo de Ribeirão Pires, que há décadas sonha com um time profissional.

“Existe conversa, mas nada oficial. Tivemos algumas vezes na cidade, fomos bem recebidos, mas nada oficial. Não só Ribeirão, recebemos outros convites. Estamos estudando entre a diretoria (do clube) e a Federação Paulista”, explicou o gerente de futebol do CAD, Leonidas Barbosa.

O prefeito Adler Kiko Teixeira (PSB) confirmou que “ter um time profissional de futebol atuando no município tem grande importância para o esporte. É grande privilégio para qualquer cidade”. O chefe do Executivo de Ribeirão Pires, inclusive, já teria se encontrado com o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, prometendo todo o suporte ao clube. O secretário de Esportes, Eduardo Iuquio Ywasaki, também manteve o mistério. “Existe o interesse, mas nada certo.”

Haveria, consequentemente, mudança no nome: Clube Atlético Desportivo (para manter a sigla) Ribeirão Pires.

A chance de continuidade do CAD em Diadema, segundo Leonidas Barbosa, “é a mais remota”. “Nunca mais procuramos ou fomos procurados por Diadema. É decepcionante, porque o projeto foi criado em 2009, até por conta disso utiliza o nome da cidade, então nunca houve o pensamento em se mudar. Ainda mais passando em frente ao Taperinha e ver que está abandonado, é triste”, lamentou.

O clube aguarda a definição no processo que obriga o Grêmio a pagar R$ 11,8 milhões ao CAD pela venda de Pedro Rocha (hoje no Cruzeiro) ao Spartak Moscou, da Rússia, em 2017. O valor seria referente a 30% que o Imperador teria direito e o clube gaúcho não repassou à época. E parte deste montante seria investido na cidade para onde o time migrar, com construção de centro de treinamento e outras benfeitorias. “Nossa vontade sempre foi, mesmo em Diadema, ter base forte, consolidada, para chegar ao profissional com time de jogadores formados na base, com identidade”, concluiu o gerente do clube. 




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