O Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) se posicionou contrário ao projeto do governo do prefeito Lauro Michels (PV) que prorroga por mais um ano os mandatos de diretores e vice-diretores de escolas da rede municipal e resolveu, após sua aprovação, exigir a rejeição.

Vice-presidente do Sindema, Mara Neide Ferreira Linhares Hora afirmou que a medida, já aprovada em primeiro turno na Câmara, coloca em risco a continuidade das eleições diretas para a escolha dos comandantes escolares. “Existe uma dificuldade do governo em lidar com o processo democrático, existe resistência. Por mais que o secretário (Cacá Vianna, PV, Educação) defenda a permanência do processo (eleitoral interno), não foi a primeira vez que instituíram um mandato tampão”, criticou.

Para justificar a prorrogação dos mandatos, o governo Lauro alega, sobretudo, que a troca no comando da Secretaria de Educação atrasou o calendário do processo de preparação do pleito interno. O Diário mostrou na sexta-feira que a medida abre brecha para que o próprio secretário indique os diretores e vice-diretores de escola em caso de renúncia dos atuais titulares dos postos, embora garanta textualmente na medida que convocará o pleito no ano que vem. “Boa parte das escolas já conta com diretores indicados pelo governo. Esse processo de indicação, combinado com (a ideia de instituir) mandato tampão, faz a gente crer que há dificuldade por parte do governo de aceitar o processo democrático”, salientou.

O projeto depende de aprovação em definitivo, na quinta-feira. Em primeira discussão, a medida passou com tranquilidade e com votos, inclusive da oposição, que alegou ter avalizado a medida para evitar que as unidades escolares fiquem “sem comando”. Não houve nenhuma mobilização do Sindema no dia da votação. A resistência foi explicitada apenas nas redes sociais e no site oficial do sindicato.