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Natal: pedaço do paraíso

Com clima agradável, capital potiguar tem atrações que podem ser usufruídas durante todo o ano

Franscisco Lacerda
28/06/2018 | 07:00
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Francisco Lacerda/DGABC


Dona de inúmeras belezas naturais, lindas praias de águas claras, vastos coqueirais, piscinas naturais, falésias ainda cobertas pela Mata Atlântica, dunas branquinhas, chapadão, despenhadeiros, lagoas e visuais deslumbrantes, Natal, capital do Rio Grande do Norte, fundada em 1597 pelos portugueses, é o destino ideal para quem deseja fugir do friozinho de São Paulo e, claro, do Grande ABC.

Conhecida como a cidade do sol, oferece mais de dez quilômetros de praias, umas paradisíacas, outras badaladas, outras ainda pouco exploradas, vida noturna agitada e excelente rede de hotéis e restaurantes, que fazem da capital potiguar um dos destinos mais visitados o ano inteiro. É para curtir aquela ‘leseira’ gostosa, como dizem os locais e o Dicionário Potiguês sobre a preguiça.

Não dá para ‘ir num pé e voltar noutro’. Nada de ‘descatitar’ (acelerar). Quase tudo que se faz em Natal é bom, fica marcado. Se quiser inteirar-se sobre a história da cidade, ande pelo Centro e conheça com calma o Memorial Câmara Cascudo, casarão onde viveu o historiador, antropólogo, advogado, jornalista e mais ilustre filho de Natal Luís da Câmara Cascudo, o Espaço Cultural Palácio Potengi, o Instituto Histórico e Geográfico, os museus de Arte Sacra e o de Cultura Popular, além de objetos e monumentos espalhados pelo município referentes à Segunda Guerra Mundial, já que nesse período Natal serviu de base militar aos norte-americanos.

São várias as atrações turísticas. Na litoral, ‘case e batize’ (use e abuse) das lindas praias com calma, como a da Ponta Negra, por exemplo, onde fica o Morro do Careca, mais famoso cartão-postal de Natal; do Amor, dos Artistas, do Centro, da Pipa, das Minas, do Madeiro, Tibau do Sul, do Giz, enfim. Eita lugarzinho ‘pai d’égua’ (bom) e de clima agradável.

Praia do Amor mexe com sentimentos
Para os mais românticos, visita à praia do Amor é item obrigatório no roteiro. O formato de coração aparece em diversas intervenções artísticas feitas pelos habitantes locais. Dizem os nativos que até as ondas vez ou outra contribuem com a formação desse desenho. Mas antes de descer até a areia, suba ao alto do mirante do Chapadão. De lá, dá para ver o formato de um coração, daí o nome da praia, uma das mais bonitas da região, com longa faixa de areia, água esverdeada, piscinas naturais e, claro, deslumbrante vista das falésias e até da ‘ponta’ do Estado da Paraíba.Tem estrutura completa para o turista, com restaurantes, barracas de comida, hotéis, pousadas, hostels e resorts.

Na hora que der fome, o Restaurante Amô (www.amorestaurante.com.br) resolve. Pode-se fazer as refeições com vista maravilhosa e pratos a partir de R$ 100, para duas pessoas. “Mininu, é muita comida”, assustou-se a ‘apetrechada’ (dotada de beleza física) Luiza Ribeiro, 35 anos, jornalista, ao receber o Peixe Amô com molho de camarão, prato que havia pedido para ela e o marido, Márcio. É para ficar ‘empazinado’ (quem comeu demais).

Como o próprio nome da praia já transmite algo de bom, Everson Ramos Silva, 30 anos, analista de sistemas de Brasília, escolheu a do Amor para, depois de um ‘lero’ (conversa), pedir a mão de Mariana Paiva Chaves, 35, analista de recursos humanos, em casamento, no alto do Chapadão. “O nome da praia já diz tudo. Imaginei que seria o local ideal para consagrar grande decisão em nossas vidas.”

Depois ainda, no jantar, pediu ao garçom que entregasse as alianças após a sobremesa. Informou que o casamento será em dezembro de 2019. “Ela, sem dúvidas, é a mulher da minha vida e pretendo fazê-la muito feliz.” Que seja casal cheio de ‘xodó (amor, paixão) para sempre.

De barco na Lagoa Guaraíras para se renovar
Se quer ouvir outros sons que não os burburinhos e buzinas dos grandes centros urbanos, respirar ares menos poluídos, esquecer os dissabores do dia a dia, recuperar as energias e relaxar tanto o corpo quanto a mente, o passeio de barco pela Lagoa Guaraíras é ‘massa’ (algo legal).

Uma das principais atrações de Natal, é ideal para longo percurso em suas mansas águas salgadas (devido à ligação com o mar por meio de um canal). Tem às margens fauna e flora privilegiadas, porque, com extensa área de mangue, é fonte de alimentos e berço de diversas espécies.

Show à parte acontece no fim da tarde, quando o sol se põe. Nessa hora, as águas da lagoa recebem o reflexo do astro-rei, e, de cores esverdeados e azulados, os tons transformam-se em dourados. Não há quem não pare para contemplar esse verdadeiro milagre da natureza e eternizá-lo em fotos e vídeos.

Existem vários tipos de passeio na lagoa, para todas as idades e todos os bolsos. No do barco Solemio, de Aude Barbosa, 39 anos, francesa, mas no Brasil há 20, é possível saber muitos detalhes sobre as espécies. É típica embarcação de pescadores. Tem dois pavimentos e é adaptado para o conforto de passageiros, com possibilidade de tomar caipirinhas preparadas na hora enquanto se contempla os golfinhos. Sai por R$ 210 por pessoa, das 12h ao pôr do sol, com tudo incluso. Não faça ‘nadica de nada’. Aquiete-se e apenas aprecie, ‘visse’? (certo?, ok?).

Praia do Giz é perfeita para quem gosta de tranquilidade
Na praia do Giz (abaixo), em Tibau do Sul, a areia disputa espaço com rochas e piscinas naturais, com enorme falésia à esquerda e vegetação nativa. A tranquilidade é relaxante. Um dos acessos é pelos 165 degraus, em meio à Mata Atlântica, que vão dar no Day Spa Ponta do Pirambu, local com piscina de borda infinita – e o mar ao fundo –, banheira com hidromassagem e deck com espreguiçadeira. Tudo isso cercado pelas belezas naturais.

Para idosos e portadores de necessidades especiais há elevador. Mas é bom agendar, pois atende apenas 100 pessoas por dia. E nem precisa estar ‘estribado’ (com muito dinheiro). A entrada é cortesia, mas sugere-se consumação mínima por pessoa (R$ 60 de segunda a quinta e R$ 80 de sexta a domingo). O funcionamento é das 9h às 17h (www.pontadopirambu.com.br).

Andar de buggy nas areias das dunas é aventura imperdível
Rica em belezas naturais, Natal tem diversos atrativos. Até mesmo se o tempo estiver fechado, com chuva, aproveite para conhecer as feiras de artesanato e a Arena das Dunas, estádio construído para receber algumas partidas da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

Mas quando o tempo abrir – e sempre abre – aproveite e ‘fuja’ para passeio de buggy no Parque das Dunas, porque visitar Natal e não andar nesses carrinhos é sacrilégio. O visual da combinação da areia das dunas com a vegetação e as lagoas é lindo e torna a aventura imperdível. Tem início na praia da Redinha, passando por Santa Rita, Genipabu, Barra do Rio, Graçandu, Pitangui, Jacumã até o Parque das Dunas de Genipabu.

“Estou aqui há 35 anos. Sempre carrego três ou quatro pessoas e faço um passeio por dia. Começo às 8h e retorno umas 16h”, informa João da Solis, bugueiro nas dunas, que diz sempre ouvir “com ou sem emoção?” em trajeto de tirar o fôlego, literalmente. O roteiro inclui várias paradas, como para ver três grandes lagoas naturais – Genipabu, Pitangui e Jacumã. Também é possível andar de jegue e dromedário.‘Tem pareia não’ (incomum, sem igual, muito bom).

O repórter viajou a convite do Wish Natal e GJP Hotels & Resorts.




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