Com 18 anos de funcionamento, o Tersa (Terminal Rodoviário de Santo André), cartão de visitas da cidade para muitos viajantes, sofre com as marcas do tempo e a falta de manutenção. Cerca de 150 mil passageiros transitam pelo local mensalmente. Usuários reclamam de falta de acessibilidade e infraestrutura precária.

Um dos principais questionamentos de quem passa pelo terminal é o porquê de a escada rolante do local não funcionar. A doméstica aposentada Maria Amélia Souza, 66 anos, utiliza o terminal há três anos, e diz que nunca viu o mecanismo em funcionamento. “A escada sempre ficou assim, com essa placa de manutenção. Nunca vi ligada ou alguém usando. Estranho, né?”, ressalta. O Diário já denunciou o problema em outras duas ocasiões – em 2012 e 2015. Para piorar, segundo usuários, o elevador, vez ou outra, também fica inutilizado.

Outra dor de cabeça para os passageiros é o acesso, principalmente de veículos. O gerente de projetos Raimundo Izaac Libório, 60, frequenta o local para levar ou buscar familiares e conta que a área de embarque e desembarque é direcionada apenas para táxis. No entorno, é proibido parar; e o estacionamento fica em área de difícil acesso, além de não aceitar cartões de débito ou crédito, somente dinheiro. “É inviável deixar o carro no estacionamento, pois temos que passar por entre os ônibus carregando malas”, critica. “Não há área de descanso ou banheiro com chuveiros, como no terminal de embarque do Tietê (na Capital). Além disso, as estruturas metálicas do teto necessitam de reparos”, completa Libório.

A Prefeitura de Santo André destacou que irá acionar a empresa privada responsável pelo espaço para que preste esclarecimentos em relação à manutenção do local, que tem concessão para operar por 25 anos, renováveis por mais 25. “Equipe de fiscalização da SATrans também irá ao local, nesta sexta-feira (hoje), para apontar as melhorias necessárias que deverão ser executadas pela empresa”, promete.