Segundo Malik Selang, responsável por uma mesquita, cerca de 10 muçulmanos, entre eles um soldado, morreram e outros 50 ficaram feridos com os disparos da polícia. Os cristaos ``queimam as casas vazias de outros cristaos do bairro de Mardika, com coquetéis molotov, e depois nos acusam de ser os incendiários', declarou.
Um jornalista local afirmou que os militares que haviam tomado posiçao na cidade dispararam e mataram pelo menos 6 cristaos. Uma voluntária num posto de primeiros socorros, numa igreja protestante, afirmou que 60 cristaos ficaram feridos com os disparos e estao hospitalizados. ``Alguns deles talvez tenho morrido, com certeza', declarou a mulher, que nao quis se identificar. A voluntária protestante afirmou que os muçulmanos lançaram o primeiro ataque contra os bairros cristaos, durante a manha, com a ajuda de soldados armados com granadas.
Segundo Hani Laetemia, enfermeiro do hospital protestante de Maluku, 112 vítimas chegaram ao posto de socorro, antes de serem transferidas para o hospital público. ``Um dos feridos morreu aqui', disse o enfermeiro, acrescentando que ainda ouvem-se disparos na cidade.
Em Aboine, a capital da província indonésia das Ilhas Molucas, se registram conflitos de rua entre muçulmanos e cristaos desde o início do ano. Os distúrbios mais violentos, que aconteceram entre janeiro e março, deixaram centenas de mortos.
Dezenas de milhares de habitantes fugiram para outras províncias do país. Mais de 550 pessoas perderam a vida nestes conflitos de caráter religioso.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.