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15 anos sem Mamonas
Sara Saar
Do Diário do Grande ABC
02/03/2011 | 07:00
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Uma das bandas mais emblemáticas dos anos 1990 teve estrondoso sucesso interrompido prematuramente. Na noite de 2 de março de 1996, o avião que transportava o irreverente grupo Mamonas Assassinas para Guarulhos, depois de show em Brasília, chocou-se com a Serra da Cantareira, em São Paulo.

Completam-se hoje exatos 15 anos do acidente fatal, um dos episódios mais tristes da música brasileira. Durante a trajetória meteórica, Dinho (vocal), Bento Hinoto (guitarra e violão), Júlio Rasec (teclado), Samuel Reoli (contrabaixo) e Sérgio Reoli (bateria) chegaram a fazer quatro shows por dia. Seriam eles 'vítimas' do mercado?

Lançado em julho de 1995, o disco de debute, homônimo à banda, vendeu 3 milhões de cópias. "Eles tinham muita criatividade, alegria e humor. Fizeram músicas que caíram no gosto popular", lembra o cineasta Cláudio Kahns, diretor do documentário "Mamonas pra Sempre", que tem estreia prevista para 27 de maio.

Adultos, adolescentes e crianças sabiam de cor as letras escrachadas do grupo que mesclava rock com outros estilos de maneira original. Não havia uma música de trabalho - quase todas eram sucessos. Quem não se lembra, por exemplo, de "Pelados em Santos", "Chopis Centis" ou "Bois Don't Cry"?

Documentário da Tatu Filmes, "Mamonas pra Sempre" visa reconstruir a carreira da banda, que antes se chamava Utopia. Entre covers do rock nacional, o grupo entregava músicas autorais para lá de debochadas. Notando que as brincadeiras faziam sucesso, mudaram de rumo. Nascia então Mamonas Assassinas, que saiu do anonimato para ser um dos maiores fenômenos da música brasileira.

Tudo é narrado na película, que só menciona o acidente. "Primeiro, esse foi o pedido das famílias. Eu também estava interessado pela vida e não pela morte dos músicos", aponta o diretor. E justifica: "Todos já viram o suficiente sobre a tragédia, devidamente explorada na TV".

O projeto original era um longa-metragem de ficção, que ainda deve ser lançado. Gravando entrevistas com familiares e amigos, o diretor encontrou material para o documentário, que abarca imagens inéditas e vídeos feitos pela própria banda. São registros de shows, bastidores e participações na televisão.




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