A polêmica ainda não acabou. Agora, o Corinthians resolveu esquentar ainda mais o episódio Barueri, que teria recebido mala branca do Cruzeiro para derrotar o Flamengo na Arena. Mano Menezes entende que o São Paulo vestiu a carapuça ao sentir-se ofendido pelas recentes declarações do técnico sobre o caso. Ele afirmou que muitos clubes usaram a mala branca (incentivo financeiro) para ganhar títulos nos últimos anos. "Não me referi ao São Paulo. Falei de um modo geral. Achei estranho uma reação como essa para quem não tem nada a temer", ironizou Mano.

Apesar de tudo, o comandante, diplomático, procurou aliviar tanta repercussão ao elogiar o tricampeonato conquistado pelo Tricolor. "Ninguém discute os títulos do São Paulo. Muito pelo contrário. Eles mostraram competência", afirmou.

A mudança de tom, porém, não significa que Mano pretenda recuar. Sem esconder alguma ponta de ironia, o treinador mandou um recado à diretoria são-paulina. Chegou a citar o antigo hábito do superintendente Marco Aurélio Cunha de alfinetar o Corinthians. "O futebol é meio assim. O doutor Marco Aurélio esperneia porque encontrou um pouco de inteligência do lado de cá. Mas, para quem não conhece, essa é a famosa democracia".

Já o presidente Andrés Sanchez insinuou que o Barueri favoreceu o São Paulo ao suspender o goleiro René e o atacante Val Baiano coincidentemente contra o Tricolor. "O São Paulo trabalha bem nos bastidores. Isso existe no futebol há 100 anos. Se é imoral ou injusto, não sou eu que vou responder. Mas podem ter certeza de que vários times enviam mala branca", acusou o dirigente.

Sanchez defendeu imediatamente Mano Menezes ao tomar conhecimento da revolta do Tricolor. "Não é vergonha mandar mala branca. Se é imoral, não sei. Mas isso existe", admitiu Sanchez, que também não poupa o Barueri. "Puniram os atletas apenas contra o São Paulo? Deveriam deixá-los de fora pelo restante do campeonato", criticou. (com Agências)