Espetáculo da Cia. Façamos Assim levanta
discussão sobre violência contra os gays
Não se passa um dia sequer sem que se veja nos jornais pelo menos uma notícia sobre vítimas de homofobia ou qualquer outro tipo de preconceito. A violência contra as minorias continua algo comum em todos os cantos do País. Fato é que falta cada indivíduo entender que é preciso respeitar as pessoas como ser humano independentemente de credo, raça, escolha política ou opção sexual. E para tocar nessa ferida a Cia. Façamos Assim traz para a ELT (Escola Livre de Teatro), em Santo André, hoje, a partir das 20h, e amanhã, às 19h, o espetáculo Requiem. A entrada é gratuita.
Fruto de um trauma pessoal do ator e dramaturgo Marcelo Oriani, ex-aluno da ELT e autor do texto teatral, a peça trata de agressões a homossexuais. “Só escrevi porque um amigo próximo morreu de homofobia”, explica o autor. No palco, dois personagens – a vítima e o algoz – retratam diversas cenas fortes de agressão, que em sua maioria foram inspiradas em histórias reais. “Quando alguém morre vítima de homofobia estão matando o João, o Rodrigo, não o gay e sim a função social de ser humano”, comenta. Além disso, ambos atores saem do personagem por diversas vezes ao longo do espetáculo para fazer a narrativa dos acontecimentos.
A perda do amigo despertou em Oriani a urgência em falar sobre a criminalização nos palcos. O intuito em juntar esses fatos reais é provocar no público misto de sentimentos que resulte em algo. “A gente quer que as pessoas saiam com raiva e chateadas mesmo. Que a chave vire. Só isso pode gerar alguma ação”, acrescenta.A direção é de Amanda Stahl. O título do espetáculo surgiu a partir do termo Réquiem – missa especial celebrada pelas igrejas cristãs em homenagem aos mortos – e também faz menção a música fúnebre. Os ingressos para a apresentação precisam ser retirados, ao menos, uma hora antes do horário do espetáculo na própria ELT.
>Requiem – Teatro – Na ELT (Escola Livre de Teatro). Praça Rui Barbosa, 12. Hoje às 20h, amanhã às 19h. Grátis.
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