Depois de 21 dias preso no canil do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de São Bernardo, o cão da raça dog bourdeaux Conan voltou para casa. Mas isso só foi possível mediante liminar judicial que determinou a liberação do animal.

O cão, único macho da criação do autônomo Stanley Eduardo de Camargo, 28 anos, foi recolhido da rua pela Polícia Militar na noite de 9 de fevereiro. Desde então iniciou-se batalha judicial. Primeiro para impedir a castração de Conan - prevista na lei estadual 12916/08 - e depois para que ele voltasse para casa.

A busca do animal de estimação, na tarde de ontem, foi conturbada. Segundo Stanley, foi preciso esperar das 14h às 16h10, junto do oficial de Justiça, para resolver a questão no CCZ. Nesse período, o autônomo diz ter sido destratado pelos profissionais do órgão municipal. A administração informou que a demora ocorreu em virtude de qualquer decisão judicial que envolva a Prefeitura só poder ser recebida pela Procuradoria do município. Por isso, o animal só foi entregue quando a Procuradoria tomou conhecimento oficial da liminar.

O próximo passo será encaminhar o cão ao veterinário para avaliar sua saúde. Segundo Stanley, Conan está mais magro e desanimado. "Um funcionário do CCZ disse que ele estava sendo alimentado, mas não comia direito e que iria acabar morrendo se não fosse para casa logo", revela o proprietário.

Conan tem 6 anos e foi adquirido há cerca de um. Atualmente ele é o único reprodutor macho entre duas cachorras da mesma raça. O cão fugiu na noite em que seu proprietário dormiu no hospital com o filho doente.

Prejuízo

Nesse tempo em que esteve preso no CCZ, o cão deixou de dar lucro ao dono. Stanley revela que perdeu o período de cio de uma de suas cachorras. A expectativa é para não perder outro negócio, já que uma pessoa espera para contratar os serviços de Conan há dez dias. "Em uma cria chegam a nascer até dez filhotes. Cada um custa aproximadamente R$ 2.500", comenta o proprietário.