Concebido para ser um protesto pacífico em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida, o Dia Mundial sem Carro induz à reflexão sobre os dois principais problemas decorrentes do uso indiscriminado dos automóveis: os congestionamentos e a poluição atmosférica.

Com frota superior a 1,2 milhão de veículos (média de 2,3 carros por habitante), o Grande ABC soma 37 pontos de congestionamento crítico.

Situação que já afeta a mobilidade de quem mora ou trabalha por aqui, obrigando muita gente a sacrificar parte do dia parada no trânsito.

Mas os malefícios que a poluição atmosférica causa à saúde são o preço mais alto pago por quem enfrenta o trânsito na Região Metropolitana de São Paulo.

Monóxido de carbono, ozônio e dióxido de enxofre são alguns dos venenos expelidos no ar diariamente. Estima-se que 50% dos poluentes da atmosfera saiam dos escapamentos dos automóveis. Nos congestionamentos, esse percentual sobe para 90%.

Essas e outras substâncias provocam efeitos como irritação nos olhos e nas vias respiratórias, além de alterar o sistema nervoso e agravar problemas cardiovasculares.

Sondagem - Em um ano, o tempo médio gasto com deslocamentos na Grande São Paulo aumentou de uma hora e 40 minutos, para duas horas.

Essa é uma das revelações da pesquisa feita pelo Ibope e pela ONG Nossa São Paulo, sobre a aceitação dos paulistanos em relação a pedágio urbano e ampliação do rodízio. O resultado completo será apresentado nesta segunda-feira, na Capital.