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Mais de 1,6 mil pessoas envolvidas com o terrorismo na Grã-Bretanha
Da AFP
10/11/2006 | 12:47
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O serviço secreto interno britânico, o MI5, anunciou nesta quinta-feira que mais de 1,6 mil pessoas, pertencentes a 200 grupos ou redes diferentes, estão ativamente envolvidas em atos terroristas em solo britânico e que atualmente estão sendo tramados cerca de 30 atentados na Grã-Bretanha e no exterior.

"Meus agentes e a polícia se esforçam hoje em dia para lutar contra cerca de 200 grupos ou redes, que no total incluem mais de 1,6 mil indivíduos - e haverá muito mais que não conhecemos - ativamente envolvidos na preparação ou ajuda de atos terroristas aqui e no exterior", afirmou a diretora-geral do MI5, Eliza Manningham-Butler, em declaração pública feita à BBC.

"Observamos redes elásticas, algumas dirigidas pela Al Qaeda do Paquistão. Além de outras menos vinculadas diretamente, que planejam ataques, em particular suicidas, de grande envergadura contra a Grã-Bretanha", acrescentou.

As declarações foram feitas dois dias depois da condenação à prisão perpétua de um muçulmano convertido acusado da morte de milhares de pessoas em ataques realizados na Grã-Bretanha e Estados Unidos.

Além disso, Manningham-Butler observou que as bombas no futuro serão mais destruidoras: "As ameaças futuras poderão incluir agentes químicos bacteriológicos, materiais radioativos e tecnologia nuclear".

Blair - Perguntado a respeito do alerta lançado pela diretora do MI5, o primeiro-ministro, Tony Blair, disse que a ameaça terrorista na Grã-Bretanha "é muito real e ela se agravou no decorrer de um longo período".

"Digo há vários anos que esta ameaça (terrorista) é muito real e que ela se agravou no decorrer de um longo período, não somente neste país, mas, como vimos recentemente, na Índia, na França e em outras partes do mundo", ressaltou Blair durante a recepção promovida no número 10 da Downing Street da primeira-ministra neozelandesa, Helen Clark.

"Creio que ela (Manningham-Buller) está com toda razão em afirmar que esta ameaça nos acompanhará por uma geração", declarou Blair.

O chefe do governo britânico frisou que as "medidas adaptadas de segurança" não seriam suficientes contra este perigo, mas que são "os valores que são caros neste país que vencerão o ódio, a divisão e o sectarismo".

A luta contra o terrorismo "é uma batalha muito longa e intensa", concluiu o primeiro-ministro.



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