O TCE (Tribunal de Contas do Estado) vai julgar amanhã recurso do ex-vice-prefeito de Ribeirão Pires e postulante ao Paço pelo PPS, Edinaldo de Menezes, o Dedé, que tenta reverter a rejeição de suas contas de 2008, quando era presidente da Câmara.

O processo já ameaça alianças políticas do pré-candidato. A ex-secretária da Educação e Inclusão e também postulante Rosi de Marco (PSDB) que avaliava repetir dobrada de 2012, quando concorreram juntos à Prefeitura, em chapa novamente encabeçada pelo popular-socialista. A tucana, porém, repensou a união depois que Dedé não conseguiu reverter sua situação em tempo hábil.

O ex-vice-prefeito, no entanto, se diz otimista sobre o veredicto. “Estou acompanhando o pedido de revisão (protocolado em junho), que, até o momento, está em análise (no Tribunal de Contas). De acordo com meus advogados, está prestes a ser julgado. Estou com boa expectativa porque conseguimos apresentar documentos novos”, afirmou.

Em seu parecer inicial, o TCE entendeu que a contabilidade de Dedé quando era presidente da Câmara ficou irregular por conta da verba de gabinete paga aos vereadores os anos de 2007 e 2008. Os parlamentares recebiam R$ 2.200 por mês, desde 2002, para compra de material de escritório e gasolina, mas o benefício foi extinto em 2011.

À época, o então vereador Gil Hamada (PPS) entregou nota fiscal referente ao valor do combustível, mas sem informar a placa e o proprietário do veículo. Dedé explicou que este foi o principal fator para rejeição das contas. “Mas conseguimos apresentar documentos sobre isso e também da devolução do dinheiro feito pelos vereadores”, argumentou o popular-socialista, sem detalhar a questão.