O consumo de açúcar adicionado em produtos ultraprocessados está aumentando no País, enquanto o açúcar de mesa diminui. Os brasileiros têm consumido mais de 50% acima do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de até 10% das calorias da dieta. As principais fontes são refrigerantes, doces, balas, biscoitos e chocolates. Uma lata de refrigerante de cola, por exemplo, contém 7,4 colheres de açúcar.

O Idec alerta para o consumo de açúcar ‘escondido’ nos produtos. É importante estar atento à lista de ingredientes, já que a substância pode ser mencionada com outros nomes, como glicose, maltodextrina, néctares, sacarose e outros. O consumidor pode optar pelos alimentos in natura ou minimamente processados, de acordo com as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira. Importante: não troque comida feita na hora e fique com as sobremesas caseiras (dispense as industrializadas).

Outra dica é reduzir aos poucos a quantidade de açúcar, já que o paladar pode se adaptar à redução. Mas na hora de substituir é preciso ter cuidado com os adoçantes. Não há evidência que essa substituição traga vantagens para a saúde e, assim, o paladar continua habituado ao sabor adocicado. Isso estimula as pessoas, principalmente as crianças, a preferir alimentos com sabor mais doce.

Um dos objetivos do Idec é alertar os consumidores sobre os perigos do consumo excessivo deste tipo de carboidrato. Somos o quarto maior consumidor de açúcar (sacarose) no mundo, atrás de países como a China (terceiro), União Europeia (segundo) e Índia (primeiro).

Esperamos sensibilizar a todos sobre o tema, destacando orientações que empoderem a sociedade a realizar escolhas alimentares mais saudáveis.

* O conteúdo desta coluna é elaborado pelo Idec (Instituto Brasileiro de Direito ao Consumidor) e publicado neste espaço todas as sextas-feiras.

Mais informações no site www.idec.org.br.