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Disputa por comissoes resume drama político na base aliada
Do Diário do Grande ABC
17/02/2000 | 09:48
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O drama político desencadeado na base aliada do governo com a ascensao do PSDB à posiçao de maior bancada na Câmara dos Deputados se resume, por enquanto, à disputa pelo controle das comissoes técnicas permanentes e das comissoes especiais eventualmente formadas ao longo do ano. O novo bloco PSDB-PTB (o PSDB com 103 deputados e o PTB com 24) passa a ser o primeiro a escolher o presidente e a comissao desejada pelo partido.

Esse era até agora um direito do PFL, assim como na legislatura passada foi uma prerrogativa do PMDB. Os partidos lutam pelas comissoes mais importantes para a agenda legislativa do ano em busca de visibilidade na opiniao pública e de capacidade efetiva de influência no processo decisório de políticas públicas.

Bloco - A escolha das melhores comissoes e de sua direçao é um episódio que se repete a cada ano, nesta época. A diferença agora foi a repercussao da iniciativa de criar o bloco PSDB-PTB, comandada pelo líder da bancada do PSDB, deputado Aécio Neves (MG), e a suspeita levantada pelos dirigentes nacionais do PFL de que o Palácio do Planalto havia estimulado e participado do movimento. Se tal hipótese se confirmasse, os desdobramentos do caso se tornariam imprevisíveis do ponto de vista do equilíbrio das forças políticas governistas e da garantia de apoio majoritário à presidência Fernando Henrique Cardoso. O presidente garantiu ao PFL que isso nao aconteceu, em uma conversa, quarta-feira, durante o almoço no Palácio da Alvorada, da qual participaram o vice-presidente da República, Marco Maciel, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, e o ministro Aloysio Nunes Ferreira, coordenad or político e secretário-geral da Presidência da República. Ele repetiu o mesmo, mais tarde, durante audiência ao líder do PFL, deputado Inocêncio Oliveira (PE). "Nao tenho motivo algum para duvidar do que ouvi do presidente", disse Bornhausen, esclarecendo que "o partido nao está se excluindo nem tampouco sendo excluído do governo".




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