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Relógios-termômetros viram raridade

Aparelhos, que antes eram comuns nas ruas, agora só estão disponíveis em corredor de ônibus

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
09/02/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Os relógios-termômetros estão sumindo das ruas do Grande ABC. Os equipamentos, que durante anos foram presença certa em avenidas da região, estão sendo retirados e virando raridade por aqui.

Levantamento realizado pelo Diário aponta que nenhuma prefeitura da região mantém esses equipamentos em seus territórios. Os únicos relógios-termômetros que ainda permanecem intactos são de responsabilidade da Metra, empresa que administra o Corredor Metropolitano ABD. Atualmente, são sete na região.

Muitos ainda não se deram conta. Outros sentiram falta deles na última mudança brusca de temperatura. Mas a questão é que os aparelhos, que durante anos tiveram a função de atualizar a população sobre o horário e temperatura da região, perderam espaço com o avanço da tecnologia por meio dos celulares.

“Não vejo muita necessidade deles. Hoje, na tela do celular já consigo acessar essas informações e saber a previsão do dia seguinte”, relata a secretária bílingue Sheila Castilho D’Andrea, 27 anos.

Apesar disso, na visão de boa parcela da população os equipamentos fazem falta nas ruas.

Em Santo André, por exemplo, onde em 2005 ainda existiam dois deles (nas avenidas Portugal e Santos Dumont), cujos contratos expiraram e não houve renovação, moradores afirmam que a ausência é sentida. “Lembro que quando tinha ali na Portugal e estava calor, olhava nele para ver a temperatura. Era bom porque às vezes andamos na rua com pressa e, no calor, dá curiosidade de saber quantos graus está para comentar com as amigas”, relata a auxiliar de serviços gerais Wanda dos Reis Silva, 44.

O pensamento é compartilhado pelo ambulante Antonio Barretos, 35. “Para mim, que sempre trabalhei na rua, era uma mão na roda. Até que o celular quebra um galho, mas só de lembrar dos relógios nas avenidas, me recordo da praticidade e dá saudade”, diz o morador de São Bernardo.

INVESTIMENTO

Se por um lado os municípios da região estão vendo os relógios-termômetros sumirem das vias, na Capital o cenário é outro.

Em virtude das restrições impostas pela Lei Cidade Limpa, os equipamentos se tornaram ferramenta fundamental para empresas divulgarem suas marcas. Ano passado, por exemplo, 12 aparelhos foram instalados nas calçadas da Avenida Paulista.

Por aqui, a instituição de Ensino Superior Anhanguera é a empresa que tem ocupado esses espaços para divulgar sua marca.
 




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