Política Titulo SÃO BERNARDO
Votação de vetos sobre ideologia de gênero vai ficar apenas para março

Vereadores optam em esperar prazo regimental para definir sobre diversidade sexual nas escolas

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
04/02/2016 | 07:00
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Os vereadores de São Bernardo deixaram para março a votação sobre o veto do prefeito Luiz Marinho (PT) em relação à ideologia de gênero nas escolas da rede municipal. Em dezembro, Marinho foi contra a decisão dos parlamentares em nominar proibição do termo no texto do PME (Plano Municipal de Educação) e protocolou na Câmara sua proposta de rejeição. Dias depois, anunciou que faria artigo para derrubar a introdução ao ensino de diversidade sexual nas escolas da cidade – municipais, estaduais e particulares. O texto, segundo ele, serve para “corrigir” emenda aprovada pelos vereadores ao PME, que proíbe o debate nos colégios municipais.

A mudança de postura do chefe do Executivo rendeu duras críticas de alas internas do PT, que ameaçaram denunciar sua posição ao comando da legenda por descumprimento do estatuto partidário.

Presidente do Legislativo, José Luís Ferrarezi (PT) justificou que a discussão poderia ser antecipada para ontem, somente mediante manifesto de algum vereador, o que não ocorreu. “A única solicitação que aconteceu em torno desse debate partiu de mim, que justamente era para não se antecipar nada. Não vejo ambiente favorável para votação. Então, que se deixe para o limite do prazo”, comentou.

Também da ala de sustentação, Ferrarezi acredita que a gestão Marinho sairá derrotada do embate em relação ao tema. “Eu creio que teremos as duas coisas. O veto do prefeito sendo derrubado e o projeto novo, que ainda não chegou, sendo aprovado”, vislumbrou ele.

Pela oposição, Julinho Fuzari (PPS) reforçou que espera pela manutenção de postura dos demais vereadores em torno a rejeição ao veto de Marinho. O popular-socialista foi o único a utilizar a tribuna para disparar críticas à gestão petista sobre o tema. “O prefeito que foi contra a nossa posição de imediato, agora vem a público de maneira política e eleitoral elaborando uma proposta que proíbe até nas unidades do Estado. Não vou entrar no mérito sobre a inconstitucionalidade. Somente dizer que haja compromisso para que o veto (às emendas) seja derrubado”, disparou. 




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