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Empresários da região são presos por sonegação fiscal
Bruno Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
03/05/2007 | 07:10
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Uma quadrilha com ramificações no Grande ABC que atuava em São Paulo e Mato Grosso do Sul foi desmontada quarta-feira pela Polícia Civil. O grupo sonegava impostos na venda de mercadorias à indústria e aplicava golpes em outras empresas e em instituições bancárias. O chefe do grupo, segundo a Polícia Civil, é o empresário argentino Claudio Daniel Mussa, que foi preso.

A polícia cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em nove cidades. Doze pessoas, duas delas na Vila Bastos, em Santo André, foram presas. Todos responderão pelos crimes de sonegação fiscal, evasão de divisas e formação de quadrilha. A polícia apreendeu documentos, computadores, carros importados e relógios de luxo em poder dos acusados.

Com empresas abertas por laranjas, o grupo importava mercadorias no Mato Grosso do Sul, onde o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é menor. De lá, essas mercadorias eram enviadas para São Paulo sem o pagamento do imposto paulista. “A estimativa é que eles tenham sonegado R$ 15 milhões em três anos”, diz o delegado Erasmo Pedroso Filho, de Taboão da Serra, que coordenou a operação.

O grupo era investigado há um ano, desde que a Delegacia Seccional de Taboão recebeu um informe da Receita Federal sobre uma empresa da cidade de São Lourenço da Serra, na área da delegacia, que estaria sonegando impostos. A empresa passou a ser investigada e o grupo foi identificado.

Os dois detidos de Santo André estão com mandado de prisão temporária decretado e devem permanecer pelo menos cinco dias presos. A polícia acredita que outras empresas na possam ter ligações com o esquema.

É a segunda vez em menos de uma semana que a região é apontada como cenário de esquemas de sonegação fiscal. Na terça-feira passada, três escritórios de contabilidade de São Bernardo foram fechados por fraudes no imposto de renda pela Receita Federal.

Pelo menos 18 mil contribuintes do Grande ABC usavam os escritórios para obter restituição na declaração, pagando aos contadores com uma porcentagem do dinheiro recebido. Mas diferentemente do que ocorreu na ação de quarta-feira, ninguém foi preso – nem mesmo os donos dos escritórios.




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