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De leve, só o apelido
Por Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
02/05/2009 | 07:17
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Deboche, diversão e rap turbinado pela fusão com outros estilos musicais é o que se pode esperar do show que o cantor De Leve realiza neste sábado, a partir das 13h, no Centro de Referência da Juventude - Estação Jovem, em São Caetano. A entrada é franca.

Em sua primeira apresentação no Grande ABC, o artista divulga o repertório do CD De Love, em que se destacam faixas como Minha Maluca e Dinhêro. Nascido Ramon Moreno, em Niterói - município da região metropolitana do Rio de Janeiro -, o músico ganhou o apelido que se tornou nome artístico porque utilizava frequentemente a expressão "de leve", que denota suavidade e ponderação. 

Apesar disso, as letras que escreve são recheadas de mensagens politicamente incorretas sobre o sexo feminino. "Nesse disco, falo sobre coisas que sempre gostei: amor, mulher e sacanagem", resume o intérprete.

Crítico e tosco - Ao mesmo tempo em que é capaz de cantar barbaridades como México (em que faz tosco trocadilho com o culote da parceria), o compositor demonstra habilidade para abordar as mazelas do País, como em Tema da Novela das 8. Em Pode Queimar, ele defende a amputação e incineração de "políticos safados, senadores e deputados".

As três composições integram o CD anterior do polêmico rapper, Manifesto 1/2 171. "Minhas músicas chocam e são feitas para chocar mesmo. Hoje em dia tem essa coisa politicamente correta: as pessoas preferem mentiras limpinhas, mas a verdade suja ninguém quer", justifica De Leve, que já recebeu elogios do medalhão da MPB Caetano Veloso.

Vaias e tumulto - Em janeiro, o cantor envolveu-se em incidente no festival Campus Party (dedicado ao público interessado em internet e novidades tecnológicas). Durante o show, promovido na Capital, uma parcela do público começou a reclamar do excesso de termos chulos nas músicas e vaiou efusivamente.

De Leve resolveu encerrar a performance e não cedeu às provocações. Não perdeu as estribeiras nem quando foi ameaçado por participante exaltado que vestia patético boné em formato de siri. "Isso não acontece sempre e lembro que tinha gente na frente do palco curtindo e aplaudindo. Acho que se você não gosta de alguém, não tem razão para assisti-lo e é melhor ficar em casa", afirma.

De Leve - Show. Hoje, a partir das 13h. No Centro de Referência da Juventude - Estação Jovem - Rua Serafim Constantino (no piso superior do módulo 2 do Terminal Nicolau Delic). Tel.: 4226-5518. Grátis.




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