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'Na estica', vendedor de balas atrai clientela em farol da av.Portugal
Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
28/06/2006 | 08:03
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Quem passa pelo cruzamento das avenidas Portugal e José Caballero, na região central de Santo André, tem a chance rara de ser abordado por um vendedor de farol nada convencional. Clayton Correia dos Santos, 22 anos, veste gravata, calça e camisa social para trabalhar diariamente nas ruas da cidade. A apresentação do vendedor reflete resultado no final do mês. O autônomo chega a faturar R$ 200 por semana. "Acredito que a aparência é fundamental na minha área. As pessoas me recebem melhor quando percebem que estou bem vestido", afirma.

Mas os cuidados com o visual não se resumem ao uniforme de trabalho. O vendedor também investe na apresentação da mercadoria. "Vendo somente balas e chicletes. Para mostrá-las aos clientes, utilizo uma caixinha de madeira que mandei fazer especialmemte para esse serviço. Ela está sempre limpa e tem o tamanho exato do meu antebraço, para que eu possa ter mais movimento na hora da venda", conta.

Os motoristas aprovam o esforço. Para o contador Edmilson Alves Deo, a apresentação do vendedor pode, sim, fazer diferença. "Nunca vi uma pessoa tão arrumada trabalhando no farol", garante. A fama de Clayton já se espalhou pela região e rendeu, ao vendedor, diversas propostas de emprego. "Já me convidaram para sair das ruas e trabalhar com vendas em escritório, mas não tenho interesse, gosto da liberdade e da mobilidade que meu serviço permite. Trabalho das 8h às 17h, sem hora extra", conta.

O morador do Jardim Estela garante que consegue se sustentar com o que ganha no farol. "Não é muito, mas dá para pagar o aluguel e fazer minhas atividades de final de semana. Sou membro de uma comunidade católica que ajuda pessoas viciadas em drogas", comenta. A clientela elogia, principalmente o público feminino. Segundo o vendedor, as mulheres fazem comentários positivos e compram mais. "Sem dúvida, elas são ótimas clientes", garante.




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