"Esta demissão vai comprometer os interesses do povo palestino, como já aconteceu quando o governo foi criado", acrescentou Rantissi. "A demissão de um governo cuja composição não levava em consideração a opinião do povo palestino e a do presidente Arafat era inevitável", continuou.
Pressionado pelos Estados Unidos, que desejava marginalizá-lo, o presidente da Autoridade Palestina aceitou, em fevereiro passado, a criação do cargo de primeiro-ministro e nomear Abbas para o posto. A composição do governo, que entrou em exercício em abril passado, foi causa de enfrentamento entre Arafat e Abbas, especialmente na eleição do ministro do Interior, que controla os serviços de segurança.
Ainda segundo Al-Rantissi, Israel e Estados Unidos pediram ao primeiro-ministro palestino que desmantelasse a infraestrutura terrorista, especialmente a do Hamas e a da Jihad Islâmica, seguindo o "mapa do caminho", último plano de paz internacional.
Abbas havia dito na quinta-feira passada, diante do Parlamento, que se negava a tratar a oposição "com métodos policiais, preferindo o diálogo".
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