Economia Titulo Trabalho
Sindicato americano pede ajuda a centrais do Brasil
Gilmara Santos
Do Diário do Grande ABC
29/04/2013 | 07:04
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O UAW (United Auto Workers - sindicato dos trabalhadores da indústria automotiva dos Estados Unidos) está no Brasil em busca de apoio das centrais sindicais brasileiras para que montadoras instaladas nos Estados Unidos deem aos seus funcionários direitos semelhantes aos conquistados por aqui. "As empresas são cada vez mais globais. Precisamos que os trabalhadores também sigam essa tendência", destaca a representante da UAW, Ginny Coughlin.

Sem legislação forte, como a nossa CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), os funcionários norte-americanos sofrem com a falta de direitos trabalhistas.

A crise nas garantias de benefícios no emprego teve início da década de 1980. Antes, nos anos de 1970, quase 50% dos profissionais tinham representação sindical. Hoje, apenas 7% dos trabalhadores daquele país possuem algum tipo de representação.

Sem poder atuar dentro das fábricas nem em frente com carro de som, o sindicato fica de mãos atadas na busca por melhores condições de emprego. Uma das alternativas é bater na casa dos metalúrgicos para descobrir o que está ocorrendo na companhia. "Muitos trabalhadores nem abrem a porta com medo de represália da empresa", explica Rafael Messias Guerra, brasileiro que trabalha na UAW.

Coughlin diz que o Brasil é um exemplo em direitos sindicais e cita que por lá tem empresa que concede apenas 15 dias licença-maternidade não remunerada, 15 dias de férias por ano, sendo que o empregador pode decidir quando vai dar metade do período e o empregado só pode ir ao médico indicado pela companhia. "Os Estados Unidos têm muito o que aprender com o Brasil em relação a direitos trabalhistas", destaca.

Ela explica que alguns benefícios já foram conquistados atuando em conjunto com sindicatos de outros países. "Precisamos do apoio de trabalhadores de outras nações para que os direitos sejam estendidos também para metalúrgicos norte-americanos."

 

 




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