Três processos licitatórios em andamento dão o primeiro impulso para proporcionar melhores condições de vida a 3.110 famílias de Santo André. Os certames referentes à urbanização são direcionados ao núcleo Espírito Santo 1, no bairro Cidade São Jorge, na divisa com Mauá; Jardim Irene e núcleo Nova Centreville. As obras têm previsão de entrega para 2016. As ações contemplam infraestrutura básica (abertura de viário, saneamento, drenagem, iluminação), parcelamento dos lotes e requalificação das moradias).

“Obras de urbanização são difíceis de executar, pois tem de trabalhar dentro do núcleo, com todo mundo morando lá, é complicado”, disse o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Paulo Piagentini.

Segundo o titular da Pasta, os certames devem findar-se em setembro e os serviços começam na sequência.

No Jardim Irene, os trabalhos de urbanização foram iniciados em 2010, porém, foram paralisados após o contrato com a empresa responsável ser rescindido no ano passado por ser julgado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) como irregular. Segundo o líder comunitário da área, Ademar Luiz Machado, 57 anos, as obras já estão praticamente prontas. “O que falta fazer é a parte de regularização fundiária, asfaltar algumas ruas e ligar o equipamento para bombear água para quem mora na parte mais alta.”

Das famílias residentes no local, 600 serão removidas ao longo da gestão do prefeito Carlos Grana (PT) e 1.200 permanecerão no área. As que forem retiradas serão encaminhadas para unidades habitacionais em construção, mas que ainda não estão definidas (situação similar em todos os núcleos). A obra está orçada em R$ 22 milhões (sendo R$ 16 milhões do governo federal e R$ 6 milhões da Prefeitura).

Já no núcleo Espírito Santo 1, o Executivo investirá R$ 7,1 milhões e R$ 6,4 milhões virão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). “Removemos 236 famílias, outras 54 saem até o fim do ano e 600 permanecerão durante o processo”, falou Piagentini.

Com relação ao núcleo Nova Centreville, a urbanização beneficiará 300 famílias dentro do processo de parcelamento da área, possibilitando assim a regularização fundiária e outras 120 que serão reassentadas por meio do programa federal Minha Casa, Minha Vida, em moradias já em fase de obras. A União investirá R$ 2,6 milhões e a cidade completará com R$ 4,2 milhões.

Também está prevista para este ano a retomada da construção de 96 apartamentos do Conjunto Habitacional Catiguá, no bairro Parque Erasmo, paralisada desde 2011 após as construtoras responsáveis abandonarem o serviço,

Atualmente, estima-se em 25 mil unidades o deficit habitacional na cidade.