Sindicatos, associaçoes e voluntários de Andradina, no noroeste do estado, estao se reunindo semanalmente e organizando campanha para exigir puniçao dos culpados por crimes administrativos já apurados por vereadores, mas que acabaram arquivados por motivos políticos. Pelo menos quatro comissoes especiais de inquérito, formadas pela câmara municipal, concluíram que houve irregularidades flagrantes como pagamento de equipamentos auto-elétricos que nunca deram entrada na prefeitura, superfaturamento na compra de uma caminhonete para o gabinete, existência de caixa dois para pagamento de funcionários contratados ilegalmente e sumiço de aproximadamente R$ 70 mil. Apesar disso, a câmara recusou encaminhar o procedimento de uma comissao processante para responsabilizar os culpados, entre eles a prefeita Edna Brito (PRP).

Para Manuel Messias dos Santos, presidente do Sindicato dos Eletricitários e um dos líderes do movimento pela moralizaçao na política local, "a populaçao de Andradina ainda desconhece os detalhes desses fatos". Por causa disso a primeira providência foi publicar um jornal com as conclusoes das comissoes de inquérito da Câmara. Agora, segundo Santos, serao realizadas reunioes em bairros com a finalidade de "despertar a indignaçao de todos os eleitores" e coletar assinatura dos mais conscientes, para um documento de protesto aos políticos que estao no poder. A terceira etapa, segundo Santos, será pressionar os vereadores exigindo deles a apuraçao dos fatos até as últimas conseqüências.

A assessoria jurídica da prefeita Edna Brito encaminhou pedido de investigaçao ao Ministério Público e a polícia civil para incriminar em calúnia e difamaçao, vereadores que jornalistas que envolveram seu nome em suspeitas de desvio de verbas e outros escândalos da atual administraçao.