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Altair prevê crescimento da engenharia brasileira
Por Daniel Trielli
Do Diário do Grande ABC
05/12/2007 | 07:06
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A Altair Engineering, multinacional com escritório em São Caetano, espera crescer junto à indústria brasileira em 2008. A empresa, que produz softwares de engenharia de produção, tem clientes no setor automotivo, aeroespacial, bens de consumo e petróleo – setores nos quais é prevista expansão no ano que vem.

A confiança no aumento da demanda de ferramentas de projeto no Brasil é exemplificada pelas vindas do vice-presidente mundial de compras da Altair, Martin Nichols, ao País. Feitas com regularidade, as visitas servem para conhecer o mercado local.

E o que ele tem visto tem o deixado otimista. “Geralmente, o crescimento dos mercados emergentes começa com uma fabricante multinacional que abre uma unidade, importa componentes e monta o produto final no país. Depois, cada vez mais as peças são feitas nacionalmente até que, na última fase, os projetos dos produtos finais são feitos nesses países”, conta Nichols. “O que vemos é que o Brasil está nessas duas últimas fases, o que é muito importante para nós.”

O resultado disso é palpável. No começo do ano, quando a Altair do Brasil fez a previsão para 2007, a expectativa era crescimento do faturamento na ordem de 40%, mas o resultado final vai apontar um avanço de 80%.

Além disso, a empresa registrou a ampliação do número de clientes na ordem de 40%. “Tivemos um bom ano. Nos últimos anos nós plantamos sementes que agora começamos a colher e entramos em um ciclo de crescimento”, diz Nichols.

Uma semente que acaba de ser plantada é a plataforma HiQube, software que permite visualização fácil e rápida das mais diversas informações necessárias para o funcionamento de uma empresa. A idéia é que o programa de Business Inteligence ajude a tomada de decisões de companhias dos mais variados setores.

Com a ajuda do HiQube, a empresa espera aumentar o faturamento em 40% em 2008. A gerente geral da Altair no Brasil, Elaine Feliz, explica que o que importa para a empresa é que o crescimento seja sustentável. “Se disséssemos para nosso setor de vendas que precisamos crescer 80%, eles provavelmente conseguiriam os clientes necessários, mas isso não ia durar.”

“Um dos nossos diretores diz que é melhor crescer como um carvalho do que uma erva daninha”, diz Nichols. “Embora eu torça para que não demore tanto como um carvalho”, brinca.




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