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Para Morando, travar empréstimo é ‘golpe ao Grande ABC’

Deputado critica sinalização do BNDES de segurar crédito ao governo do Estado para construção da Linha 18, que chegará à região

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
10/05/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Relator do projeto de lei que autorizou o governo do Estado a contrair empréstimo de R$ 1,276 bilhão junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para construir a Linha 18-Bronze (Djalma Dutra-Tamanduateí), o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) classificou como possibilidade de “golpe ao Grande ABC” a sinalização do banco público de que não haverá liberação do recurso solicitado pela gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) para iniciar a obra.

O Diário mostrou ontem que o governo federal cogita a hipótese de segurar a linha de crédito para a obra viária de ligação da região com a malha metroviária da Capital – a primeira a sair de São Paulo. O Executivo paulista ainda negocia a liberação, porém, encontra entrave, justamente porque o BNDES mudou a política de concessão de crédito desde o início do ano.

“É informação muito triste. O governo do Estado e a Assembleia Legislativa, que aprovou o projeto, fizeram a parte deles. Claro que fica a decepção. É um golpe contra o cidadão do Grande ABC”, reclamou o tucano.

Morando afirmou que tentará reunir a bancada de deputados federais por São Paulo – são 70 no total, incluindo dois de São Bernardo: o petista Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, e Alex Manente (PPS). Também pretende conversar com ministros de Dilma com origem no Estado e com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), atual articulador político do governo.

“Também acho que o ex-presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva, PT) precisaria ver essa questão. Ele, como morador de São Bernardo, teria obrigação de se mobilizar para a Linha 18. É a obra viária mais importante do Grande ABC. Ele precisa tomar alguma medida, pois tem responsabilidade de ter defendido Dilma na Presidência (da República)”, contestou.

Além da falta de garantia da concessão do empréstimo por parte do BNDES, o governo federal também sinalizou que não deve efetivar repasse de R$ 400 milhões, via PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), presentes no OGU (Orçamento-Geral da União). Esse recurso reforçaria a obra, estimada em R$ 4,26 bilhões, em aporte dividido entre União, governo do Estado e iniciativa privada.

A Linha 18-Bronze será construída pelo Consórcio ABC Integrado (formado pelas empresas Primav, Encalso, Cowan e a Benito Roggio), vencedor da licitação encerrada em agosto.

Por conta do impasse, o governo Alckmin já trabalha com atraso no início das obras, marcado para junho. A estimativa inicial é de entregar o viário em 2018.




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