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Demissão de Carpegiani vira polêmica no Tricolor
Das Agências
14/05/2011 | 07:30
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A eliminação do São Paulo na Copa do Brasil provocou muitos estragos no Morumbi. A permanência de Paulo César Carpegiani ficou insustentável depois do tropeço diante do Avaí na Ressacada. A diretoria não confirma que o técnico estaria fora do clube. Mas, nos bastidores, fala-se que o presidente Juvenal Juvêncio espera o retorno do treinador de Porto Alegre para oficializar a demissão. Ele permaneceu no Sul para visitar familiares.

Ontem, as evidências apontavam que a troca de comando parece inevitável. No desembarque da delegação, Juvêncio saiu em defesa de Rivaldo, que reagiu às críticas de Carpegiani. Os dois trocaram acusações.

O ex-melhor do mundo reclamou do esquecimento. Que sentia-se humilhado. "É nessa hora que a gente conhece o caráter das pessoas", respondeu Carpegiani. O atleta não gostou da ironia. Um dos argumentos, entre outras coisas, é o de que o currículo dele é inatacável. Aí o presidente resolveu interceder. "Se o time é jovem (como disse Carpegiani), tinha um não jovem no banco de reservas, que era o Rivaldo. Quem deveria colocá-lo em campo não sou eu", rebateu o mandatário, ao se referir à justificativa de Carpegiani para o segundo fracasso do São Paulo no ano.

"O jogo aconteceu ontem à noite (quinta-feira). Houve choques nas declarações (entre Rivaldo e Carpegiani). Vamos examinar tudo para ver o que faremos. Não temos hora para fazer isso. Vamos absorver e, como sempre, tomaremos atitudes quanto aos episódios", comentou o dirigente.

Além da queda na Copa do Brasil, o São Paulo caiu na semifinal do Campeonato Paulista ao ser eliminado pelo Santos no Morumbi.

O favorito a ocupar a vaga é Cuca, atualmente no Cruzeiro. A cúpula celeste desconhece o interesse do São Paulo e não se manifesta. Juvêncio não veria problemas em convidar técnicos empregados nos rivais. "Isso é muito normal no futebol", disse.

Carpegiani chegou na 28ª rodada no Brasileirão para substituir Sérgio Baresi. Em 39 participações, foram 25 vitórias, quatro empates e dez derrotas (aproveitamento de 67,5%), sem conquistar títulos. No total, a equipe marcou 70 gols e levou 41 no mesmo período.

"A situação é delicada. Iremos nos reunir logo para avaliar a situação e buscar saídas imediatas. É necessário agir rapidamente para mudar isso", avisou o vice de futebol Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco.

 

Rogério Ceni desabafa e aponta falhas

No desembarque de ontem, o goleiro Rogério Ceni era o retrato do desânimo. O capitão não se conformava. " É vergonhoso. Esquecemos de jogar, não fizemos nada em campo. Fomos fracos, não fomos merecedores de algo melhor porque não mostramos ser um time decisivo e capaz de ganhar no mata-mata. A culpa é toda nossa. Para ambicionar grandes objetivos, é necessário melhorar muita coisa. A conduta, a atitude, a mentalidade. Se isso não acontecer, não vamos parar de passar vergonha como tem acontecido nos últimos dois anos. Para falar a verdade, gostaria de enfiar a cabeça no buraco e só sair daqui um mês", declarou.

As imagens da Ressacada não saíram da cabeça de Rogério Ceni. "Faltou ênfase, faltou vontade. Não conseguimos defender uma camisa que joga sozinha por si só. E olha que eles nem pressionaram tanto assim", lembrou o camisa um, que teme pela campanha tricolor no Brasileirão - estreia contra o Fluminense, no dia 22, em São Januário.




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