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Donisete prepara construção de usina de lixo em Mauá

Prefeito conseguiu aprovar em definitivo na Câmara o plano municipal de saneamento

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
22/11/2013 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A Câmara de Mauá aprovou o plano municipal de saneamento do prefeito Donisete Braga (PT) em definitivo, ontem. A lei garante legitimidade para que administração petista intensifique o projeto de construção de usina de incineração de lixo na cidade, em parceria com o Paço de Santo André.

Segundo o líder do governo na Casa, vereador Marcelo Oliveira (PT), o governo vai procurar propostas de empresas para a execução do projeto. “Nós precisamos buscar soluções sustentáveis para os resíduos sólidos. A empresa que tiver uma boa proposta para aproveitarmos melhor o lixo, e não apenas aterrá-lo, vai executar o serviço por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada). Queremos reduzir o custo também.”

Em julho, Donisete e o prefeito andreense, Carlos Grana (PT), já haviam assinado termos de cooperação para construção da usina. Os petistas planejam investir R$ 500 milhões para viabilizar o equipamento até 2016. A principal hipótese é de situar a incineração de lixo próximo ao Polo Petroquímico do Capuava para que a energia gerada seja repassada às indústrias vizinhas.

Assim como o Paço de Santo André, Mauá visa cortar o contrato com o aterro sanitária da Lara e reativar o aterro público São João. “A própria Lara poderá operar o projeto, mas precisa ter condição e uma boa proposta”, afirmou Marcelo Oliveira.

Em São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho (PT) também projeta a construção de uma usina verde, que seria responsável por produção de energia pública a ser distribuída para a população. O tema tem sido fortemente debatido pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.

Além dessa questão, o plano municipal de saneamento mauaense traz diretrizes complexas de abastecimento de água, esgoto sanitário, drenagem de águas pluviais e o manejo de resíduos sólidos. Foram retirados os itens que abriam brecha para privatização dos serviços de água. “Conseguimos nos enquadrar na legislação federal e poderemos receber recursos na ordem de R$ 30 milhões da União para projetos de saneamento”, relembrou Marcelo.

O placar da votação da lei em segunda discussão, assim como o da primeira, foi apertado: 12 a nove (um voto contrário a menos, por conta da ausência de Ivan Gomes, o Batoré, PRB). A dupla de vereadores do PTdoB, Chiquinho do Zaíra e Alberto Betão Pereira Justino, continuou insistindo em tentativas de travar a votação do texto. Os dois estão questionando a condução do presidente da Câmara, Paulo Suares (PT), na discussão desde a sessão da terça-feira passada.




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