Logo depois da vitória contra o Figueirense (3 a 1), no Morumbi, o técnico Muricy Ramalho afirmou que era "difícil" jogar em São Januário e que a segurança deveria ser reforçada. O primeiro a questionar sua declaração foi o técnico vascaíno, Renato Gaúcho. Depois, Leandro Amaral. E, finalmente, Roberto Dinamite, presidente do Vasco, que acusou as declarações do são-paulino como "irresponsáveis, lamentáveis e muito infelizes."

Ontem, o comandante do São Paulo culpou a imprensa por criar esta situação e tentou aliviar a tensão criada para o confronto de amanhã, no Rio. "Não sei de onde ele tirou esta conversa. O Dinamite é uma pessoa tranqüila, não viu o que eu falei", despistou Muricy. "A única coisa que falei e continuo falando é que é difícil jogar lá e que tem muita gente dentro do campo."

Não deu certo. O treinador repetiu praticamente o mesmo discurso que irritou técnico, jogadores, presidente e toda a torcida vascaína, que nesta sexta esgotou os 23.3 mil ingressos colocados à disposição para o duelo. Só tentou amenizar a discussão. "É um campo onde é difícil jogar porque os jogadores deles se sentem muito bem e a torcida pressiona muito. Só isso", concluiu Muricy Ramalho.