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Tratadores de cavalos são notificados
Por Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
09/02/2006 | 07:51
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A Prefeitura de Santo André notificou quarta-feira três proprietários de cavalos que há cerca de cinco anos construíram baias em um terreno situado à rua Domingos Graciunte Neto, no bairro Campestre. A área, de uso coletivo, é limítrofe ao bairro Santa Maria, em São Caetano. Os outros sete donos serão informados por quem já foi notificado para que providenciem a retirada dos eqüinos do local no prazo de dez dias. Do contrário, os animais podem ser recolhidos e os responsáveis multados. Agentes de saúde encontraram 16 cavalos no local.

Como as denúncias partiram de moradores do bairro Santa Maria, agentes de saúde de São Caetano também participaram da operação e recolheram cerca de cem larvas de mosquito encontradas em um dos bebedouros de uma baia abandonada. Exames microscópicos apontaram que 12 larvas eram do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. As demais eram larvas do pernilongo.

De acordo com o médico veterinário Émerson Resende, coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de São Caetano, em outra incursão no local em outubro do ano passado foram coletados carrapatos dos cavalos. “Os exames apontaram que era o Amblyomma cajennense (conhecido como carrapato-estrela), vetor da febre maculosa. Esses animais não podem ficar ali. É um problema de saúde pública”, sentencia.

Segundo o agente de saúde do Centro de Controle de Zoonoses de Santo André, Jorge Matsumori, essa é a primeira notificação aos criadores dos animais. “A Prefeitura não sabia da existência dessa área. Tomamos conhecimento através da reclamação de moradores sobre as condições do local.” Legislação estadual proíbe a criação de animais de grande porte em áreas urbanas.

A Prefeitura de Santo André informou já ter identificado em seu cadastro imobiliário os dois proprietários (os nomes não foram revelados) da área e que nos próximos dias deverá notificá-los sobre as restrições à manutenção dos animais no local.

Os proprietários dos cavalos que estavam no local alegam que criam os bichos por hobby. “Utilizamos para passear ou em romarias e eventos esportivos. Mantemos o local sempre limpo e os animais bem cuidados”, disse um deles, que pediu para não ser identificado. Um outro, que se identificou como Paulo Armando, esbravejou. “Está cheio de cocheiras por aí. Quando há desfiles, vem cavalo de todo lugar. Será que trazem tudo do interior?”

Moradores de Rio Grande pedem construção de viela na Vila Lopes

Marco Borba
Do Diário do Grande ABC

Chegar à rua Município de Jandira a partir da rua Henrique Fonseca Moreira, na Vila Lopes, em Rio Grande da Serra, exige fôlego. Para encurtar o caminho entre a parte baixa e a alta do bairro, os moradores pedem que a Prefeitura construa uma viela na altura do número 590 da Município de Jandira. O local vem sendo utilizado como rota de passagem há pelo menos cinco anos. No entanto, ultimamente a travessia está interrompida devido a deslizamento de terra ocorrido nos últimos dias e ao acúmulo de mato e lixo.

A passagem improvisada fica entre o terreno do pedreiro Saulo Pereira, 39 anos, e outra área, que os moradores acreditam ser pública. “Passam até por dentro do meu quintal. Vou construir um muro. A Prefeitura que faça uma viela. O que mais interessa a todos é que arrumem essas ruas”, diz o pedreiro.

De acordo com Pereira, em meados de 2004 a Prefeitura iniciou a construção de uma viela, mas parou a obra. “Um trator começou a tirar terra lá na parte de baixo (rua Henrique Fonseca Moreira). Fizeram algumas reuniões e a comunidade ia ajudar a construir, mas depois não fizeram mais nada”, conta.

O eletricista Genivaldo Ferreira da Silva, 41 anos, é um dos que usam a trilha. “É mais complicado ainda para as crianças. A escola fica na parte baixa do bairro. Quando chove, não dá para passar por aqui. Elas têm de dar toda essa volta. Cortando caminho, a gente economiza pelo menos uns dez minutos”, calcula.

No ano passado, relata o eletricista, alguns moradores se reuniram para discutir a construção da viela em sistema de mutirão. “Um disse que ia dar cimento, o outro os ferros, o outro, os blocos. Mas, ficou só na conversa.” Segundo Genivaldo Silva, a comunidade local já fez o pedido à Prefeitura em diferentes ocasiões, inclusive recentemente, na atual administração.

A Prefeitura informa que não pode construir a viela no local porque trata-se de área particular. Quanto às queixas sobre as vias, a administração municipal argumenta que segue um cronograma de obras e que, “em breve”, providenciará a “recuperação” das ruas do bairro. Detalhe: nenhuma é pavimentada.




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