Diretor do épico sobre Che Guevara, Steven Soderbergh volta-se para um projeto pequeno, tendo por personagem a jovem prostituta Chelsea, de Manhattan. Trata-se de "Confissões de Uma Garota de Programa", filme de baixo orçamento e resumido em 77 minutos.

O título em português talvez tente apimentar uma história nada apelativa. Ela se passa durante a eleição presidencial que levou Obama ao poder e, claro, em meio à crise econômica nos Estados Unidos.

Seria demais enxergar nesse filme de tom urgente, uma ‘análise' sociológica sobre o naufrágio das ideias neoliberais. Na trama se inclui o erotismo mas, acima de tudo, a questão monetária. Uma relação mercantil tão velha como a humanidade, mas que, aqui e agora, parece assumir outra natureza, ainda mais mecânica e impessoal.