Economia Titulo Incentivo tributário
Itens para móveis
têm isenção de IPI

Materiais como painéis de madeira e laminados estão entre
os beneficiados; principal objetivo da ação é estimular setor

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
21/08/2012 | 07:00
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O governo federal zerou a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para diversas matérias-primas utilizadas nas indústrias moveleiras: painéis de madeira, laminados de alta resistência e PVC para revestimento de móveis. As alíquotas originais eram 5% ou 15%, dependendo do produto. A renúncia de arrecadação com as isenções é estimada em R$ 116,12 milhões.

A medida, que vale só até 30 de setembro, destina-se a incentivar mais os fabricantes de mobiliário, que já se beneficiam (também só até o fim do mês que vem) com IPI menor na venda de seus produtos (como sofás, estantes, camas etc).

Embora a decisão tenha sido bem recebida, as empresas do segmento avaliam que deverá ter pouco efeito, por causa do curto prazo em vigor. O presidente do Sindicato da Indústria de Móveis de São Bernardo e Região, Hermes Soncini, explica que os consumidores de móveis, tradicionalmente, não fazem compras por impulso, mas sim pesquisam e se programam para fechar negócio. Dessa forma, o desconto que poderia ser dado aos clientes ficará dificultado.

Soncini afirma que o ideal seria a institucionalização da redução do imposto, ou seja, que fosse definitiva.

A retirada do tributo foi uma das medidas adotadas pelo governo para estimular a economia e as vendas em queda de alguns segmentos. Além do setor de móveis, produtos da linha branca - como geladeiras e fogões - e automóveis também tiveram redução de IPI. Nestes últimos dois casos, o benefício está previsto para acabar no fim do mês

CONSTRUÇÃO

Já materiais de construção têm desoneração tributária até dezembro. A Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Material de Construção) luta para que o incentivo seja estendido até o fim de 2013 e que mais itens sejam contemplados pela medida. O presidente da entidade, Walter Cover, cita que há produtos que são desonerados enquanto outros, concorrentes, não são. Um exemplo são os pisos de madeira, que não têm o estímulo, enquanto os de cerâmica são contemplados.




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