O senador Demóstenes Torres (PFL-GO), relator do processo contra a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), declarou nesta quarta-feira, durante reunião do Conselho de Ética, que existem provas suficientes para a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra a mesma.

A parlamentar petista foi mencionada no relatório parcial da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Sanguessugas por suposto envolvimento com a ‘máfia das ambulâncias’ – esquema de compra superfaturada de ambulâncias com dinheiro público.

Na prática, Demóstenes Torres defende a imediata investigação, pelo Conselho de Ética, de quebra de decoro parlamentar, o que pode resultar em cassação de mandato. O senador rechaça, portanto, a chamada investigação preliminar defendida pela Mesa do Senado. A seu ver, tal procedimento atrasaria todo o desenrolar das apurações.

“Caso a minha solicitação não seja acolhida pela Mesa do Senado, irei ingressar junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que julgue a procedência de minha solicitação”, ameaçou Demóstenes Torres.

Demóstenes Torres, entretanto, admitiu que, no desenrolar dos trabalhos do Conselho de Ética, o colegiado poderá ouvir, como é de seu desejo, o empresário Vedoin e o genro da senadora. Disse também, em entrevista á imprensa, que poderá pedir a quebra do sigilo bancário da senadora e do genro dela.