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PF prende 30 fraudadores de licitações em seis estados
12/08/2006 | 00:02
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A Polícia Federal prendeu ontem em seis Estados 30 empresários e funcionários públicos e, entre eles, 10 militares reformados e da ativa acusados de participar de uma quadrilha que fraudava licitações públicas de gêneros alimentícios no Amazonas. Com os indiciados por crimes de peculato e formação de quadrilha, foram encontrados, durante a a execução dos 64 mandados de busca e apreensão, diversos documentos, dólares, jóias e 30 carros importados.

Há apenas um foragido, o empresário José Maurício Gomes Lima. O capitão da Polícia Militar José Quincas, acusado de fraudar licitações de compra de alimentos para a polícia, estava de férias em Paris, mas já foi localizado pela PF e está a caminho do Brasil.

Dos 32 mandados de prisão, 27 pessoas foram presas em Manaus. No Amazonas, em um ano, a Polícia e a Receita Federal apuraram terem sido fraudadas licitações e realizadas compras superfaturadas em mais de R$ 126 milhões em alimentos pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), pelo Exército Brasileiro, pelo governo estadual e pelas prefeituras da capital e de Presidente Figueiredo, município a 107 quilômetros de Manaus.

O Exército e o governo estadual emitiram notas oficiais informando que os envolvidos estão afastados de suas funções, e que devem ser realizadas investigações internas para apurar eventuais responsabilidades sobre os ilícitos apontados pela Polícia e Receita Federal.

De acordo com o superintendente da Receita Federal na região Norte, José Barroso Tostes Neto, além do valor das licitações fraudadas, a Receita apurou sonegação fiscal de cerca de 20 empresas de quatro grupos.

“Nos últimos seis anos estas empresas movimentaram mais de R$ 354 milhões no país, mas declararam ter apenas R$ 27 milhões de rendimentos no mesmo período”, afirmou. “Só no ano passado o esquema beneficiou os fraudadores em cerca de R$ 60 milhões”.

O secretário executivo da Fazenda do Amazonas, Afonso Lobo, foi preso segundo a Polícia Federal suspeito de facilitar os pagamentos e liberar a participação de empresas para licitações mesmo estando em dívida com o Estado do Amazonas.

  

Saúva-rainha – Na Operação a “saúva-rainha” era o empresário Cristiano da Silva Cordeiro, que possuía o grupo de empresas com maior movimentação: a Gold Distribuidora de Alimentos, a Norte Distribuidora, a Distribuidora Petrolina, a Global Logística e a Big Norte.                     



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