Especulações da imprensa britânica estimam que Luiz Felipe Scolari receberá até 15 milhões de libras (R$ 50 milhões) de indenização por ter sido demitido do Chelsea na segunda-feira. Esse foi o valor divulgado pela Agência France Presse. O jornal The Guardian, em contrapartida, fala em 7,5 milhões de libras (aproximadamente R$ 25 milhões).

Ontem, o clube londrino anunciou que chegou a um acordo com o brasileiro para o pagamento da multa rescisória, assim como a saída do assistente Flavio Teixeira Murtosa, do preparador físico Darlan Schneider e do preparador de goleiros Carlos Pracidelli, mas não divulgou valores.

Para o lugar de Felipão, o Chelsea acertou com o treinador holandês Guus Hiddink. Falta apenas assinar o contrato. Hiddink é próximo de Piet de Visser, o conselheiro em futebol do proprietário do clube londrino, Roman Abramovich, que, por sua vez, presta apoio financeiro à Federação Russa. Assim, Hiddink seguiria como treinador da seleção da Rússia até o fim desta temporada, acumulando os dois cargos.

Felipão, que já anunciou que ficará na Inglaterra até o segundo semestre - quando se encerra a temporada européia - pode acabar no Portsmouth, que demitiu ontem o técnico Tony Adams. De acordo com a rede BBC, os proprietários do clube estariam dispostos a pagar um alto salário ao brasileiro, que teria a missão de livrar a equipe da zona de rebaixamento do Campeonato Inglês.

As chances de Felipão assumir a Seleção Brasileira são remotas devido aos problemas de relacionamento que o treinador teria com o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, desde 2002.

CRÍTICAS - O preparador de goleiros Christophe Lollichon atacou o trabalho de Felipão. "Acho que os diretores devem ter levado vários fatores em consideração para tomar essa decisão. Não sei como poderíamos continuar na direção em que estávamos", afirmou ao jornal inglês Telegraph.