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Caixa financiará R$ 330 mi em casa própria na região
Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
22/02/2008 | 07:00
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A Caixa Econômica Federal pretende investir R$ 330 milhões em financiamentos habitacionais no Grande ABC em 2008. O valor é 17,5% superior aos R$ 299 milhões do ano passado. Em todo o Estado de São Paulo, a expectativa é que o montante seja de R$ 5,7 bilhões, 11,7% a mais do que os R$ 5,1 bilhões aplicados em 2007.

“E isso é apenas a previsão inicial. Podemos ter incrementos no decorrer do ano”, explica o superintendente regional da Caixa no Grande ABC, Everaldo Coelho. “A expectativa é que 2008 seja muito melhor que o ano passado na construção civil.”

Durante todo o ano de 2007 foram financiadas pela Caixa 6.070 casas na região. São Bernardo foi a recordista, com R$ 139 milhões em financiamentos e 2.670 unidades. Santo André ficou em segundo lugar, com R$ 111 milhões e 1.960 imóveis, seguida de São Caetano, com total financiado de R$ 17 milhões (250).

Segundo a Caixa, 75% das contratações habitacionais no Estado foram feitas por famílias que têm renda mensal bruta de até cinco salários mínimos (R$ 1.900). “A habitação popular, com valores entre R$ 60 mil e R$ 150 mil é o principal foco da Caixa hoje”, comenta o superintendente regional do Estado, Augusto Bandeira Vargas.

Com os melhores prazos de pagamento, juros mais baixos (redução anunciada este mês fez com que os juros para a faixa popular caíssem de 9% para 8,4%), a instituição acredita que a taxa de inadimplência continuará baixa e reduza os riscos das financiadoras.

“Hoje a inadimplência é de 4,2% na média nacional. É a menor de todos os tempos. E isso é válido para todas as faixas de financiamento”, comenta Vargas. Para se ter uma idéia, no ano de 2001 a inadimplência chegava ao índice de 11% dos contratos. “O financiamento habitacional está crescendo de forma sustentável”, diz.

Mauá e Diadema devem ser as grandes revelações no setor habitacional em 2008. Esta é a percepção de Everaldo Coelho. “Diadema elaborou um Plano Diretor que possibilita a construção de prédios mais altos. Isso atrai investimentos. Em Mauá, o terreno tem se valorizado por causa da construção do Rodoanel”.

Isso porque, segundo ele, além de facilitar o acesso à Capital, a construção está levando empresas para a cidade e gerando empregos. “Ela está perdendo a característica de cidade dormitório”, explica Coelho.




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