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Reservas evitam pânico
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29/05/2008 | 07:08
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O presidente do BC (Banco Central), Henrique Meirelles, afirmou ontem que as reservas internacionais elevadas evitam pânico e movimentos bruscos de reversão de tendência no câmbio.

"No Brasil, atualmente, adotamos um regime de câmbio flutuante, com reservas elevadas. Isso é positivo porque se os preços das commodities caírem e houver uma redução das exportações a expectativa se torna de reversão da trajetória do dólar. Mas as reservas evitam pânico e movimentos abruptos", disse.

"As reservas internacionais e a estabilidade econômica permitem que mudanças de tendências sejam feitas de forma gradual", complementou.

Meirelles afirmou que não pode haver artificialismo na política cambial, pois uma política econômica adequada, segundo ele, dá segurança de que o Brasil terá uma presença importante no mercado internacional.

O presidente do Banco Central se mostrou desfavorável à idéia de usar recursos das reservas internacionais para investir em infra-estrutura. Segundo ele, a função das reservas é garantir a estabilidade do balanço de pagamentos e evitar flutuações bruscas no câmbio, além de reduzir a percepção de risco do País.

Meirelles destacou que o nível elevado das reservas - cerca de US$ 200 bilhões - e seu impacto sobre a percepção de risco ajudam a aumentar os investimentos em infra-estrutura, até mesmo os provenientes do Exterior.

O presidente do BC afirmou que a combinação de uma política monetária bem-sucedida, uma dívida pública em queda e reservas internacionais elevadas trazem como resultado um aumento no investimento estrangeiro direto no País.

Na audiência pública na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, Henrique Meirelles destacou ainda que a ruptura do padrão de arrancadas e freadas da economia brasileira e o ciclo de prosperidade que o País vive permitem que a Nação tenha melhores condições para discutir e trabalhar a melhora de indicadores básicos como saúde e educação.




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