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Paz embala segundo dia de desfile em São Paulo
Por Do Diário do Grande ABC
Com AE
05/02/2005 | 16:27
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Variedade não vai faltar na segunda noite de desfiles do Carnaval paulistano, marcada para sábado. As oito escolas de samba que completam o grupo especial em São Paulo levarão ao sambódromo desde mensagens de paz e solidariedade à importância de se usar os recursos naturais com sabedoria. A alegria do circo e a música sertaneja também estão na lista de temas escolhidos na disputa pelo título deste ano. Quem esteve sexta-feira no sambódromo pôde ver o desfile da campeão de 2004, Mocidade Alegre, além da Vai-Vai e Rosas de Ouro.

O desfile de sábado começa às 22h, com o retorno da Tom Maior à elite do Carnaval paulista. Vice-campeã do grupo de acesso no ano passado, a escola da zona Oeste quer permanecer no especial com um enredo que discute a exploração dos recursos naturais. Em seguida, a Barroca Zona Sul leva ao sambódromo um enredo de protesto contra a desigualdade social, a corrupção e as guerras. O mote são as mãos, que, como diz o samba, tanto podem cultivar a plantação quanto desmatar a natureza.

Quando passar da meia noite, o samba vai abrir passagem para o sertanejo, ou melhor, os dois estilos vão unir forças no desfile da X-9 Paulistana, vice-campeã em 2004. Chitãozinho & Xororó são os homenageados da escola da zona Norte e vão ser destaques, acompanhados de Sandy & Júnior. Na seqüência, outra candidata às primeiras posições, a tradicional Nenê de Vila Matilde. A águia da zona Leste vai voar no Anhembi com um enredo inspirado no livro A Águia e a Galinha, do teólogo Leonardo Boff. O azul e branco da agremiação estarão presentes na disputa pelo 12º título de sua história.

A Camisa Verde e Branco quer conquistar uma boa colocação com o enredo sobre o telefone. O ideal para a agremiação da Barra Funda é acabar com o jejum de títulos, que vem desde 1997. Outra escola da zona Oeste, a Águia de Ouro, vai fazer o desfile da solidariedade, em nome de um futuro melhor.

Penúltima escola a entrar na passarela, a Unidos da Vila Maria prestará homenagem ao circo, tema que pode render um desfile colorido e alegre. Quem encerrará as apresentações, quando começar a amanhecer, será a Leandro de Itaquera, que vai festejar o centenário do Rotary Internacional.

Quem pretende ver o desfile de sábado ainda dá tempo. A venda dos ingressos, porém, ficou restrita à bilheteria do sambóbromo, localizado no portão 1 na avenida Olavo Fontoura. Quem pretende ver a festa da arquibancada vai pagar entre R$ 30 e R$ 75, enquanto as cadeiras individuais não sai por menos de R$ 130.

Gaviões – Quem gostaria de cair na folia, mas não pretende pagar muito para assistir aos desfiles pode optar pela apresentação das escolas do grupo de acesso, que ocorre neste domingo. O folião pode assistir a um espetáculo de qualidade, com escolas tradicionais do Carnaval paulistano, como a Gaviões da Fiel, rebaixada no ano passado depois de ter sido penalizada em oito pontos. Favorita ao título de 2004 – a escola foi campeã em 2002 e 2003 –, a Gaviões foi prejudicada por causa da quebra do eixo do último carro alegórico.

Além da fiel torcida, a Unidos do Peruche também estava no ano passado entre as escolas principais, mas foi rebaixada para o grupo de acesso. Portanto, o desfile de domingo não vai dever quase nada ao da elite do Carnaval.

De acordo com a Liga das Escolas de Samba, estão disponíveis ingressos para quase todos os setores. Para a arquibancada, o preço varia entre R$ 10 e R$ 30, conforme o setor escolhido. Camarotes para 10 pessoas custam de R$ 750 a R$ 1.150, e os para até 25 pessoas, de R$ 1.450 a 2.150. Aqueles que queiram ter acesso aos camarotes, mas não querem comprar um inteiro, podem optar ainda pelo ingresso vip individual por R$ 75.

Lixo – As secretarias municipais de Serviços e Assistência e Desenvolvimento Social informaram que esperam recolher mais de 40 toneladas de lixo reciclável no Anhembi durante todo o Carnaval. Todo o material arrecadado será doado à Central Coopere, cooperativa que reúne cerca de 300 de catadores de resíduos recicláveis dos núcleos da Sé, Glicério, Luz e Sumaré. No ano passado, foram recolhidos 40 toneladas de lixo.



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