Desde domingo, cinco ex-reféns esperavam em Cebu poder voltar a seus respectivos países, depois de meses de cativeiro na selva. O sexto refém foi libertado nesta segunda-feira pelos seqüestradores.

As francesas Sonia Wendling e Maryse Burgot, a franco-libanesa Marie Moarbes, a sul-africana Monique Strydom e o alemao Werner Wallert foram alojados na noite de domingo no quartel-general da base aérea de Cebu, a espera que o refém sul-africano Calli Strydom, marido de Monique, liberado nesta segunda-feira pela manha, se una a eles.

O aviao especial decolou de Cebu às 16h45 locais (05h45 de Brasília), para um vôo de cerca de 14 horas, incluindo uma curta escala técnica nos Emirados Arabes Unidos.

A Líbia ofereceu sua mediaçao no caso dos reféns de Jolo, o que se mostrou decisivo, aceitando financiar projeto de desenvolvimento no Sul das Filipinas por um montante de cerca de US$ 25 milhoes.

Cinco dos reféns libertados passaram mais de quatro meses na selva tropical da ilha de Jolo depois de ter sido capturados em 23 de abril passado na ilha malaia de Sipadan, onde se encontravam de férias.

Os reféns que continuam no cativeiro sao o cameraman e o operador de som da rede de TV francesa France 2, Jean Le Garrec e Roland Madura, Stephane Loisy, colega de Sonia Wendling, o filho de Werner Wallert, Marc, 27 anos, dois finlandeses, Risto Vahanen e Seppo Fraenti e 17 filipinos.

Os ex-reféns serao recebidos em Trípoli pelo líder líbio Muammar Kadhafi, cujo retrato foi exibido nesta segunda-feira ao pé da escada do aviao, depois que os ex-cativos subiram até o aviao.

Uma foto parecida foi exibida em Zamboanga, porto a cerca de 150 km de Jolo, onde os ex-prisioneiros fizeram escala antes de chegar a Cebu. A base aérea de Cebu estava também enfeitada com as cores da Líbia, com baloes verdes com a inscriçao ``Grande Jamahiriya socialista do povo líbio árabe." Os baloes foram soltos depois da decolagem do aviao.

O emissário líbio, membro da equipe de negociadores, ex-embaixador de Trípoli em Manila, Rajab Azzaruk, aproveitou para festejar seu aniversário em Cebu, em companhia dos ex-reféns.

A Líbia afirmou várias vezes nao estar envolvida enquanto Estado nas negociaçoes e ofereceu sua mediaçao através de uma fundaçao de ajuda aos muçulmanos em todo o mundo, dirigida por Seif al-Islam, um dos filhos de Kadhafi.