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Empilhadeira que carrega sucesso
Anderson Amaral
Do Diário do Grande ABC
28/05/2006 | 08:07
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No prédio localizado no número 2.100 da avenida Giovanni Batista Pirelli, no Parque Marajoara, em Santo André, esconde-se a história de uma família de imigrantes japoneses que, em quase meio século, tornou-se uma referência no Grande ABC quando o assunto é empilhadeira.

A AESA nasceu em 1956, então com o nome de Auto Elétrica Santo André, ainda no Centro da cidade. Naquele tempo, eram os carrões que entravam e saiam da oficina. A vocação para o serviço pesado apareceu quase 20 anos mais tarde e trouxe uma inovação no atendimento: carros-oficina que socorriam os clientes no local, uma novidade para a época. O atual prédio de 3.500 m², inaugurado em 1990, abriga os cerca de 70 funcionários.

Atualmente, a empresa consolidou-se como uma das principais do segmento. É a distribuidora para o Grande ABC, Baixada Santista e Zona Leste de São Paulo da marca Clark, que obteve 28% do mercado brasileiro de empilhadeiras no primeiro semestre deste ano, superada apenas pela Hyster.

Entre vendas e locações, a AESA registrou 49 empilhadeiras entregues no primeiro trimestre, ou quase 20% dos negócios realizados pela Clark no país, entre equipamentos elétricos e movidos a combustão interna. Esses números colocam a empresa de Santo André na terceira colocação entre as 22 distribuidoras da marca no mercado brasileiro.

Além da venda e locação de equipamentos novos, a AESA também comercializa empilhadeiras seminovas, peças e acessórios. Outros serviços oferecidos são a terceirização e a assistência técnica.

Otimismo – Neste ano, a AESA projeta expansão de 30% no faturamento, a despeito da crise nas exportações do  mercado automotivo que reúne os principais clientes da empresa. Para o gerente de vendas Leo Almeida Resende, o dólar baixo – principal reclamação das montadoras – tem duplo efeito sobre os negócios da distribuidora. Por um lado, o câmbio torna as empilhadeiras mais atraentes, uma vez que a Clark importa os equipamentos da Coréia.

Por outro, o real valorizado prejudica as vendas, na medida em que afugenta os fabricantes de veículos que, em função da redução nos negócios com o exterior, deixam de investir na modernização da produ- ção. “O ideal é que tenhamos um dólar que favoreça tanto aos exportadores quanto aos importadores”, avalia Resende.

A expansão nas vendas em 2006 baseia-se na mudança da forma de atuação da empresa, que pretende se consolidar como um fornecedor de soluções logísticas, e não só um distribuidor de empilhadeiras. A idéia é estabelecer parcerias com outros fabricantes de equipamentos, de modo a atender a todas as necessidades do cliente, além de oferecer a terceirização da operação.

Segundo Resende, a terceirização da mão-de-obra é vantajosa para o cliente, que se livra do pagamento de encargos trabalhistas, e também para a AESA, que pode controlar a operação do equipamento locado e, dessa forma, reduzir seus custos. O índice de renovação de contratos, segundo o gerente de vendas, é de 80%.




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