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Ocupação em leitos de UTI Covid chega a 80% em Diadema

Cidade tem 72% de vagas preenchidas entre unidades para pacientes contaminados pela doença; lotação não era atingida há três meses

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
25/11/2020 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


O avanço da Covid-19 no Grande ABC se reflete na ocupação dos leitos de algumas cidades. Em Diadema, 80% dos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) destinados ao tratamento da doença estavam ocupados ontem. Considerando também as unidades ambulatoriais, a ocupação é de 72%. Desde 26 de agosto essa taxa não era tão alta.

O Diário mostrou na terça-feira que o Grande ABC tem a maior taxa da contágio no Estado, segundo dados da SP Covid Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia gerida por pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), da USP (Universidade de São Paulo) e do Cemeai (Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria). O índice está em 1,81, o que significa que 100 pacientes infectados podem passar o vírus para outras 181 pessoas.

A Prefeitura de Diadema divulgou que dez novos leitos de UTI estão sendo implementados no HM (Hospital Municipal) em meio à reforma do sétimo andar. A obra, que começou em 13 de outubro, tem previsão de conclusão em dois meses. As intervenções vão ampliar para 30 o total de UTIs adultos do equipamento de saúde, dos quais 20 serão exclusivos para pacientes com Covid.

A administração destacou que desde o início da pandemia não foram desmobilizados leitos, apesar de ter encerrado convênio com hospital privado na Capital para a contratação de dez leitos de UTI. O acordo foi feito em maio, quando a cidade tinha todas vagas municipais para pacientes que necessitavam de respiração mecânica ocupadas. A Prefeitura busca alternativas para novo convênio considerando o cenário previsto (de esgotamento dos leitos).

A administração pontuou que, em se confirmando alta de casos, será necessária a reversão dos leitos gerais para leitos exclusivos. Ressaltou, porém, que o cenário atual difere daquele do primeiro semestre, quando a demanda de outras comorbidades era baixa nos serviços de saúde, em razão do maior isolamento físico.
“Atualmente, todos serviços convivem com demandas Covid e outras comorbidades, simultaneamente, configurando-se um grande desafio”, relatou nota da Secretaria de Saúde. “A região possui equipamentos hospitalares sob gestão estadual e é fundamental que o Estado redefina a responsabilidade dos hospitais sob sua gestão, considerando-se que houve a desmobilização de leitos estaduais, fragilizando a região”, concluiu a nota.

Nos municípios que já encerraram funcionamento de hospitais de campanha, como Santo André, São Caetano e Mauá, segundo as prefeituras, os índices de ocupação dos leitos ainda não são preocupantes (46% dos leitos públicos e privados em Santo André; 62% em enfermaria e 44% em UTI de São Caetano; e 39% em Mauá) e não há movimentação para reativação dos equipamentos. São Bernardo tem 53% de ocupação e conta com dois hospitais ativos no combate à doença. Ribeirão segue com o hospital de campanha ativo e dos 41 leitos, 13% estão ocupados. 




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