O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, disse ontem que a empresa tem condições de atender a todos os municípios da sua área de concessão, até o fim do ano, com serviços de banda larga. Ele reiterou, no entanto, que, para ofertar o produto com preços abaixo dos valores cobrados no mercado, sempre será exigida alguma forma de incentivo.

"Não há ofertas abaixo de preços de mercado que não precisem de incentivos. Todas elas precisarão. Uma das alavancas é a desoneração de impostos, principalmente de serviços que não existem", afirmou o executivo.

Falco, que apresentou na sexta-feira ao governo proposta para assumir a dianteira do programa de massificação da banda larga, se encontrou com o ministro das Comunicações, José Artur Filardi, mas disse que o assunto não foi tratado na reunião.

Segundo ele, a Oi já conta com a infraestrutura de banda larga em boa parte do País e terá cobertura total de sua área até o fim de 2010. A concessionária atua em todos os Estados brasileiros, à exceção de São Paulo, área de concessão da Telefônica.

Segundo Falco, a Oi não apresentou nenhuma restrição à participação de outras empresas no programa, mas reforçou que a maior parte das metas de universalização dos serviços acabam ficando com a empresa. "Historicamente, a empresa (Oi) acaba ficando com mais de 90%, sempre. Se alguém quiser entrar, seja bem-vindo, mas nunca vi muitos candidatos na universalização. Vejo mais candidatos na competição", afirmou.

Falco explica, no entanto, que, para montar uma rede da banda larga com segurança, seria bom ter mais de uma infraestrutura. "Se pudermos combinar backbones de forma a baratear para o consumidor, isso é desejável", disse.