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Construtoras vão se unir para combater aumentos de custos
Por Daniel Trielli
Do Diário do Grande ABC
03/02/2008 | 07:18
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As empresas de construção do Estado de São Paulo vão contar com uma rede de apoio na hora de adquirir insumos para as obras. Com a ajuda do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), o setor está organizando uma cooperativa de compras.

A entidade, que vai se chamar Coopercon-SP (Cooperativa de Compras da Construção de São Paulo) deve começar a operar ainda no primeiro trimestre. Quanto estiver em atividade, a cooperativa dará força para pequenos construtores que compram pouca quantidade de material.

“A motivação da entidade é tornar os cooperados ainda mais competitivos”, diz Sérgio Watanabe, vice-presidente do Sinduscon-SP.

“Tendo em vista que a quantidade de material é um quesito que tem muito peso na hora de fechar uma venda, uma união das empresas nessa hora para aumentar o volume pode criar uma alavancagem maior”, completa Watanabe.

“A cooperativa está se formando no momento em que alguns materiais de construção vêm sofrendo aumentos de preços injustificáveis”, lembra o presidente do Sinduscon-SP, João Claudio Robusta.

Para criar o melhor modelo, a Coopercon-SP vai se espelhar em entidades já criadas em outros locais, como Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina e no Distrito Federal. “Estamos ainda fazendo uma avaliação das cooperativas similares que existem em outros Estados para estudar melhor essa iniciativa”, explica o vice-presidente.

Segundo o gerente executivo da Coopercon-SP, Robson Colamaria, ainda é preciso decidir o modelo de arrecadação para cobrir os custos fixos da entidade. Entre as possibilidades em estudo está a cobrança de uma taxa de ingresso, uma contribuição mensal, um adicional sobre a compra de cada material, ou a combinação dessas opções.

Seja qual for o modo escolhido, o certo é que, se depender do número de cooperados, a entidade vai dar certo. “Já temos várias empresas e pessoas físicas interessadas em participar”, conta Watanabe.

Falta agora definir o que falta e esperar mais interessados entrar em contato. “Depois do Carnaval, com certeza esse assunto vai adiantar bastante e vamos ter uma formatação mais definida da cooperativa”, diz o vice-presidente.




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