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Pedreiro mata ex-mulher a facadas
Por Leandro Calixto
Do Diário do Grande ABC
23/09/2005 | 08:25
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Um crime bárbaro e passional chocou quinta-feira de manhã os moradores do bairro Cata Preta, em Santo André. Quando se dirigia para o trabalho, a faxineira Cláudia Regina dos Santos, 35 anos, foi morta esfaqueada pelo ex-marido, o pedreiro Ezequiel Pereira, 36. O crime ocorreu por volta das 7h, em frente ao portão do centro comunitário do Cesa (Centro de Educação de Santo André) Cata Preta, onde ela trabalhava. Cláudia Regina chegou viva no Hospital Municipal, mas não resistiu aos fortes ferimentos nas costas, braço e também no rosto.

O pedreiro foi preso no início da tarde de quinta-feira escondido atrás de uma moita no Parque do Pedroso e confessou o crime. Na tentativa de fuga, foi atropelado e teve uma perna quebrada. Na delegacia, ao confessar o crime, explicou por que matou. "Matei por amor. Fiquei sabendo que ela estava com outro homem. Então, não suportei a dor e acabei cometendo essa loucura", admitiu o pedreiro, momentos antes de prestar depoimento no 6º DP (Distrito Policial).

Por ser réu confesso, ele deve cumprir de 16 a 30 anos de prisão. Ezequiel vai ser enquadrado no artigo 121 do Código Penal por ter cometido homicídio qualificado. "Por essas razões, a situação dele vai se complicar muito perante a Justiça. O crime que ele confessou foi muito cruel", analisou o delegado do 6º DP, Darci Freitas. O pedreiro tem passagem pela polícia por furto. Quinta-feira à tarde, foi encaminhado para a cadeia pública de Santo André.

Funcionária do Cesa desde junho de 2004, a faxineira estava vivia sozinha em uma casa no Jardim Guarará. Há quase seis meses, ela rompeu o casamento de três anos. Inconformado com a separação, Ezequiel passou e persegui-la e ameaçá-la de morte, caso Cláudia Regina não retomasse o casamento e não voltasse para a casa do casal, no Parque Miami. "Falamos para ela registrar um boletim de ocorrência. Mas ela não imaginava que ele era capaz de cometer esta barbaridade. Acabou perdendo a vida por isso", disse uma testemunha, que preferiu não se identificar.

No Centro Comunitário do Cesa, onde as crianças praticam atividades culturais e esportivas, os funcionários só lamentavam a morte de Cláudia. "Ela era muito querida. Uma funcionária exemplar e muito prestativa. Não precisava pedir duas vezes para ela fazer um serviço. Estamos de luto", desabafou a coordenadora do Cesa do Cata Preta, Cláudia Girio. O centro ficou fechado durante todo o dia de quinta-feira por causa deste crime.

Mesmo ferida com as facadas, a faxineira conseguiu dizer a uma testemunha o responsável pelo crime. Quando entrou no carro da polícia, ela já estava entrando em estado de coma e delirando. Cláudia Regina deixou dois filhos. Toda sua família morava em Santos, onde será enterrada nesta sexta-feira.




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