O recado tem alvo certo: as articulações de setores do PFL e do PSDB com o PT, para apoiar seus respectivos candidatos (Inocêncio Oliveira e Aécio Neves, respectivamente) na disputa pela presidência da Câmara e também ao candidato das oposições à presidência do Senado, Jefferson Peres (PDT-AM). O presidente avisou que a aliança com a oposição implicará perda de cargos na administração federal. “O princípio vale para todos os candidatos, inclusive o Aécio (Neves, do mesmo partido do presidente)”, disse um assessor palaciano.
Os articuladores políticos do governo tentam preservar o presidente de eventuais desgastes, sob o argumento de que a questão é pertinente ao Legislativo e não contou com a participação de Fernando Henrique para chegar na fase de deterioração atual.
O Palácio do Planalto acredita numa acomodação dos partidos e na preservação da aliança. Para isso, o ideal seria que Inocêncio vencesse a disputa na Câmara, na votação contra Aécio. Ministros e articuladores políticos do tucanato, ligados ao Planalto, estão de fora da candidatura Aécio, por considerá-la um complicador do quadro político. Para o presidente, é mais fácil acomodar Aécio em algum cargo federal, dando-lhe experiência administrativa, do que recompor um PFL enfraquecido com a eventual derrota de Inocêncio.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.